O universo da ficção científica sempre foi terreno fértil para explorar tecnologia, dilemas éticos, futuros distópicos e mistérios que desafiam a lógica. Em meio a tantas produções disponíveis, algumas obras se destacam por impacto cultural, relevância narrativa e reconhecimento da crítica especializada. Nesta lista, reunimos as 10 melhores séries sci-fi segundo avaliações de especialistas.
Se você gosta de tramas cheias de mistério, debates sobre a natureza humana, viagens interdimensionais ou alegorias tecnológicas, esta seleção vai direto ao ponto: as produções que moldaram (e ainda moldam) o gênero sci-fi no audiovisual.
Vale lembrar, que essa lista foi elaborada levando em conta a opinião da crítica especializada em site de agregadores de notas como o Rotten Tomatoes, não sendo necessariamente uma lista definitiva.
10 melhores séries de ficção cientifica
Fringe
Fringe é uma das séries mais cultuadas da ficção científica moderna. Criada por J.J. Abrams, Alex Kurtzman e Roberto Orci, a produção mistura investigação policial com teorias científicas ousadas, universos paralelos e experimentos que desafiam a física.
A crítica elogia Fringe principalmente pela capacidade de equilibrar casos episódicos com uma mitologia rica e emocional, conduzida pelas atuações marcantes de Anna Torv, Joshua Jackson e John Noble. O desenvolvimento do “Universo Alternativo” é frequentemente citado como um dos melhores arcos já criados para TV no gênero sci-fi.
A série se destaca por entregar ciência especulativa com propósito narrativo, tramas complexas que se encaixam com precisão ao longo das temporadas e uma abordagem madura sobre identidade, destino e consequências do avanço científico.
The Expanse

The Expanse é apontada por muitos críticos como a produção de ficção científica mais tecnicamente precisa da TV moderna. Baseada nos livros de James S.A. Corey, a série apresenta um futuro em que a humanidade colonizou o Sistema Solar, mas vive às portas de uma guerra entre Terra, Marte e o Cinturão.
O realismo científico, o cuidado com política interestelar e a construção de um futuro plausível são os principais motivos do prestígio da série. Críticos destacam também a coragem do roteiro em lidar com imperialismo, manipulação governamental, desigualdade social e tensões geopolíticas, tudo envolto em uma narrativa sci-fi pulsante.
Com efeitos visuais de alta qualidade e profundidade temática, The Expanse conquistou um lugar entre as melhores séries sci-fi da última década e possivelmente uma das mais importantes já produzidas.
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Black Mirror

A antologia criada por Charlie Brooker já nasceu com a proposta de provocar desconforto. Black Mirror usa a tecnologia como espelho distorcido da sociedade contemporânea, transformando dilemas modernos em distopias perturbadoras.
A crítica reconhece a série como uma das obras mais impactantes do século, capaz de condensar debates sobre vigilância, privacidade, redes sociais, biohacking, IA e consumismo em episódios independentes. Títulos como San Junipero, Nosedive e White Bear se tornaram referência global.
Mesmo com oscilações nas temporadas mais recentes, o conjunto da obra consolidou Black Mirror como um marco cultural que transcende o gênero. É uma série que redefine limites e faz o espectador refletir sobre o futuro e sobre o presente.
Westworld

Inspirada no filme de 1973, Westworld explora consciência artificial, livre-arbítrio e os limites da experimentação tecnológica. Criada por Jonathan Nolan e Lisa Joy, a série mistura filosofia, design futurista e uma estrutura narrativa cheia de quebras e camadas.
A crítica reconhece Westworld como uma das produções mais ambiciosas da HBO, especialmente pela discussão profunda sobre o que significa ser humano. As primeiras temporadas se destacam pela narrativa sofisticada, uso inteligente de loops temporais e metáforas sobre exploração e dominação.
Apesar de decisões controversas no fim da série, Westworld permanece como um marco moderno da ficção científica graças à construção de personagens complexos, visual impecável e questionamentos que continuam relevantes, principalmente no contexto atual de IA generativa.
Lost

Embora seja lembrada pela mistura de gêneros, Lost carrega elementos fortes de ficção científica, especialmente do meio para o final da série. A produção marcou época ao combinar mistério, suspense e questões sobre viagem no tempo, energia eletromagnética e experimentos científicos conduzidos pela Dharma Initiative.
A crítica destaca Lost como uma das séries mais influentes dos anos 2000, tanto pela narrativa inovadora quanto pelo impacto cultural. Mesmo com debates sobre o final, a série é celebrada pela habilidade de construir personagens profundos e tramas abertas à interpretação.
Lost ajudou a pavimentar o caminho para produções mais ambiciosas no streaming, consolidando sua presença entre as melhores séries sci-fi segundo muitos especialistas.
Star Trek (Jornada nas Estrelas – Série Original)

A série original de 1966 é um pilar absoluto da ficção científica. Criada por Gene Roddenberry, Star Trek introduziu conceitos que, décadas depois, inspirariam tecnologias reais, de tablets e comunicadores à própria lógica de viagens espaciais.
A crítica reconhece Star Trek como revolucionária: uma produção com visão otimista do futuro, diversidade em plena década de 60 e debates filosóficos, sociais e éticos que continuam atuais. Episódios como The City on the Edge of Forever são considerados obras-primas do gênero.
Além da influência cultural, a série definiu a narrativa de exploração espacial e consolidou valores que moldaram gerações de fãs e criadores.
Star Trek: A Nova Geração (Star Trek: The Next Generation)

Se a série original plantou as sementes, The Next Generation elevou Star Trek a um novo patamar. Com Patrick Stewart no papel do capitão Jean-Luc Picard, a série ampliou o universo, aprofundou questões políticas e filosóficas e trouxe debates sofisticados sobre inteligência artificial, diplomacia e moralidade.
A crítica aponta TNG como uma das melhores séries de ficção científica já criadas, com episódios icônicos como The Measure of a Man, que discute direitos das IAs, e The Best of Both Worlds, considerado um dos grandes momentos da TV.
Além do impacto crítico, TNG ajudou a modernizar Star Trek, tornando-a ainda mais relevante para gerações seguintes.
Arquivo X (The X-Files)

Arquivo X é praticamente sinônimo de “série de mistério dos anos 90”. Criada por Chris Carter, a produção mistura ficção científica, paranóia governamental, investigação e casos bizarros envolvendo fenômenos inexplicáveis.
A crítica destaca a química entre os agentes Scully e Mulder como peça central do sucesso da série, além da habilidade de alternar entre episódios sérios e outros mais cômicos ou experimentais. Arquivo X também influenciou fortemente séries posteriores, como Fringe e Lost.
O impacto cultural é enorme: teorias da conspiração, alienígenas e o slogan “I Want to Believe” entraram para o imaginário coletivo. Por isso, a série segue firme entre as melhores séries sci-fi de todos os tempos.
Doctor Who

Poucas séries têm a longevidade e a influência de Doutor Who. Desde 1963, a produção reinventa a ficção científica com viagens no tempo, criaturas alienígenas e questões morais exploradas por meio do personagem que se regenera ao trocar de intérprete.
A crítica celebra Doutor Who por sua criatividade ilimitada, humor britânico e capacidade de emocionar. Arcos como os da metacrítica sobre destino, guerras temporais e identidade do Doutor estão entre os mais elogiados.
É uma série camaleônica, que consegue falar com diferentes gerações sem perder sua essência: usar fantasia e ciência especulativa para discutir a humanidade de forma leve, profunda e, muitas vezes, emocionante.
Battlestar Galactica

A reimaginação de Battlestar Galactica é considerada uma das obras-primas da ficção científica contemporânea. A série parte de um ataque devastador dos Cylons e acompanha os sobreviventes da humanidade em busca de um novo lar.
Críticos elogiam o tom maduro, a narrativa política densa e a reflexão constante sobre identidade, religião, guerra e responsabilidade. A série é frequentemente citada como estudo profundo sobre sociedade e moralidade, usando sci-fi como ferramenta para discutir realidades modernas.
Com episódios intensos e personagens complexos como Laura Roslin e Gaius Baltar, Battlestar Galactica se consolidou como referência máxima do gênero no século XXI.
Essas dez produções não estão aqui por acaso. Cada uma, no seu estilo, empurrou a ficção científica para frente, seja criando universos inteiros, cutucando nossas angústias tecnológicas ou reescrevendo o jeito de contar histórias na TV.
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