22 de setembro de 2024
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A riqueza literária brasileira ganha vida nas telas através de filmes e séries que capturam a essência das histórias que cativaram leitores por gerações. Desde dramas intensos a comédias encantadoras, o cinema nacional tem explorado uma variedade de livros brasileiros, transformando páginas em cenas memoráveis. Neste artigo, exploraremos onze produções que mergulharam nas páginas de livros aclamados, transportando espectadores para universos narrativos únicos e emocionantes.

De “Cidade de Deus” a “A Vida Invisível”, cada adaptação não apenas celebra a diversidade da literatura nacional, mas também destaca o poder transformador das histórias contadas através de diferentes mídias. Venha descobrir como essas obras ganharam vida nas mãos de diretores, roteiristas e elencos talentosos, deixando sua marca no cenário audiovisual brasileiro.

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11 livros brasileiros adaptados para as telas

1. Tudo por um Popstar (2018)

Tudo por um Popstar (2018) é um filme brasileiro dirigido por Bruno Garotti, baseado no livro homônimo de Thalita Rebouças. A história gira em torno de três amigas inseparáveis que embarcam em uma jornada cheia de aventuras para encontrar seus ídolos musicais favoritos, a boy band Slavabody Disco Disco Boys. A trama é uma mistura de comédia leve com momentos de reflexão sobre amizade, fama e a busca pelos próprios sonhos.

Thalita Rebouças, conhecida por seus livros voltados ao público adolescente, traz sua narrativa envolvente e divertida para as telas, capturando a essência das emoções juvenis e o fascínio por celebridades. O filme, assim como o livro, explora temas universais de amizade, crescimento pessoal e o poder da música na vida das pessoas, criando uma conexão direta com seu público-alvo. A produção vai ganhar uma continuação chamada Tudo Por Um Pop Star 2, que será lançada em outubro deste ano.

Outras produções baseadas em livros da mesma autora também estão disponíveis na como Confissões de Uma Garota Excluída , Pai em Dobro, Lulli e o filme Ela Disse Ele Disse está disponível na Max).

Onde assistir: Netflix

2. Meu Nome Não É Johnny (2008)

“Meu Nome Não É Johnny” é um filme brasileiro de 2008, dirigido por Mauro Lima e baseado no livro homônimo de Guilherme Fiuza. A história é inspirada na vida de João Guilherme Estrella, um jovem carioca de classe média alta que se envolve com o tráfico de drogas nos anos 80 e 90 no Rio de Janeiro. O livro, escrito por Guilherme Fiuza, é uma crônica intensa e realista dos eventos que levaram Estrella a se tornar um dos maiores traficantes de drogas da cidade, sua ascensão e a eventual queda.

A adaptação cinematográfica captura a trajetória de Estrella (interpretado por Selton Mello) desde sua juventude despreocupada até sua entrada no mundo das drogas e os desafios enfrentados após sua prisão. O filme explora temas como vícios, decadência pessoal, redenção e os impactos devastadores do tráfico de drogas na sociedade e na vida individual. “Meu Nome Não É Johnny” não apenas narra uma história individual complexa e fascinante, mas também lança luz sobre questões sociais e psicológicas profundas, tornando-se uma obra marcante no cinema brasileiro contemporâneo.

Onde assistir: Globoplay, Amazon Prime Video

3. Cidade de Deus (2002)

“Cidade de Deus” (2002) é um dos filmes mais aclamados do cinema brasileiro, dirigido por Fernando Meirelles e co-dirigido por Kátia Lund, baseado no livro homônimo de Paulo Lins. O livro é uma obra de não-ficção que detalha a história do complexo de favelas Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, desde sua origem nos anos 60 até os anos 80. Paulo Lins, que cresceu na Cidade de Deus, utilizou sua experiência pessoal e sua pesquisa detalhada para criar um retrato autêntico e poderoso da vida na comunidade.

O filme, por sua vez, adapta essa história em uma narrativa cinematográfica intensa e visceral, focando principalmente na ascensão e queda de dois jovens: Buscapé e Zé Pequeno. Através de uma narrativa não linear, o filme explora temas como violência urbana, marginalização social, sonhos de escape e as escolhas que moldam o destino das pessoas em ambientes hostis.

“Cidade de Deus” não só se tornou um marco no cinema brasileiro, mas também ganhou reconhecimento internacional por sua direção habilidosa, seu elenco talentoso e sua representação autêntica de uma realidade complexa e muitas vezes esquecida. Ainda esse ano a Max irá lançar a série “Cidade de Deus: A Luta não Para” que se passa vinte anos após os acontecimentos do filme.

Onde assistir: Netflix

4. Bom Dia Verônica (2020 – 2024)

“Bom Dia, Verônica” é uma série brasileira de 2020, criada por Raphael Montes e Ilana Casoy, baseada no livro homônimo escrito por ambos. O livro, publicado em 2016, segue a história de Verônica Torres, uma escrivã da Delegacia de Homicídios de São Paulo que se vê envolvida em investigações complexas e perigosas após decidir ajudar vítimas de crimes violentos.

A série, assim como o livro, explora temas profundos como justiça, corrupção, violência contra a mulher e a complexidade psicológica dos personagens. A narrativa é marcada por reviravoltas intensas e um suspense que mantém o espectador tenso do início ao fim. Além de ser uma história policial envolvente, “Bom Dia, Verônica” também aborda questões sociais urgentes, como o papel das instituições na proteção dos cidadãos e os desafios enfrentados por mulheres em situações de vulnerabilidade.

A adaptação para a tela foi bem recebida por trazer à vida os personagens e cenários descritos no livro de maneira autêntica, enquanto expande a narrativa para explorar visualmente os aspectos sombrios e cativantes da trama. A última temporada foi lançada esse ano encerrando a história.

Onde assistir: Netflix

5. Meu Pé de Laranja Lima (2012)

“Meu Pé de Laranja Lima” é um filme brasileiro de 2012, dirigido por Marcos Bernstein, baseado no livro homônimo de José Mauro de Vasconcelos. Publicado originalmente em 1968, o livro é considerado um clássico da literatura infantojuvenil brasileira. A história é narrada pelo jovem Zezé, um menino pobre que vive em uma família numerosa e enfrenta desafios difíceis na sua infância.

O livro explora temas como a solidão, a pobreza, a imaginação infantil e os laços familiares de forma sensível e emocionante. Zezé encontra refúgio em um pé de laranja lima no quintal de sua casa, onde desabafa e sonha com um mundo melhor. A relação entre Zezé e seu pai é especialmente tocante, mostrando a importância do afeto e do apoio familiar em tempos difíceis.

O filme, seguindo a narrativa do livro, retrata com sensibilidade e delicadeza a jornada emocional de Zezé, interpretado por João Guilherme Ávila. A adaptação captura a essência dos personagens e cenários descritos por Vasconcelos, mantendo-se fiel ao espírito da história original enquanto traz novas camadas visuais e emocionais para a tela.

Onde assistir: Netflix, Amazon Prime Video

6. Capitães da Areia (2011)

“Capitães da Areia” é um filme brasileiro de 2011, dirigido por Cecília Amado, baseado no livro homônimo de Jorge Amado. Publicado originalmente em 1937, o livro é uma obra clássica da literatura brasileira que narra a vida de um grupo de meninos de rua em Salvador, conhecidos como os Capitães da Areia.

A história aborda as aventuras e desventuras desses meninos, suas travessuras, amizades e conflitos, além das dificuldades que enfrentam na luta pela sobrevivência em meio à pobreza e à marginalização social. Cada personagem é único e carrega suas próprias histórias de vida marcadas por perdas e esperanças.

O filme, assim como o livro, explora profundamente as questões sociais e humanas por meio de uma narrativa emotiva e intensa. A adaptação cinematográfica captura a essência dos personagens e ambientações descritas por Jorge Amado, enquanto traz uma interpretação visual e emocional da vida dos Capitães da Areia, destacando sua resiliência e a busca por dignidade em um mundo difícil.

Onde assistir: Max, Amazon Prime Video

7. O Auto da Compadecida (2000)

“O Auto da Compadecida” é um filme brasileiro de 2000, dirigido por Guel Arraes, baseado na obra teatral homônima de Ariano Suassuna. Publicada pela primeira vez em 1955, a peça teatral é uma das mais conhecidas e celebradas da literatura brasileira, mesclando elementos da cultura popular nordestina com crítica social e religiosa.

A história se passa no sertão nordestino e gira em torno das aventuras de João Grilo e Chicó, dois amigos pobres e espertos que vivem de pequenos golpes. Em meio a suas artimanhas, eles se envolvem em situações cômicas e surreais, interagindo com uma série de personagens peculiares, incluindo o temido cangaceiro Severino e a bondosa Compadecida.

O filme captura a essência da peça teatral ao trazer para a tela a atmosfera única do sertão nordestino, os diálogos ágeis e cheios de humor, e os temas universais de justiça, fé e redenção. Com um elenco talentoso e uma direção que valoriza tanto o humor quanto a crítica social presente na obra original, “O Auto da Compadecida” se tornou um clássico do cinema brasileiro, amado por seu tom leve e ao mesmo tempo profundamente reflexivo sobre a condição humana. A continuação da história, intitulada O Auto da Compadecida 2, será lançada em dezembro de 2024.

Onde assistir: Amazon Prime Video, Globoplay

8. De Volta aos 15 (2023 – Atualmente)

“De Volta aos 15” é uma série brasileira de 2023, baseada no livro homônimo de Bruna Vieira. O livro foi publicado em 2013 e se tornou um sucesso entre o público jovem. A história gira em torno de Anita, uma mulher adulta de 30 anos que, após enfrentar diversas dificuldades em sua vida, acorda no corpo de sua versão adolescente de 15 anos. Com essa segunda chance, Anita busca entender e resolver questões do passado enquanto tenta moldar um futuro melhor para si mesma.

A série adapta essa premissa intrigante para explorar temas como autoconhecimento, segundas chances, amizade e amor. A narrativa oscila entre o presente e o passado de Anita, oferecendo uma visão reflexiva sobre como as escolhas feitas na juventude moldam o curso da vida adulta. “De Volta aos 15” não apenas cativa pela sua história envolvente e personagens carismáticos, mas também pela maneira como aborda questões universais sobre identidade e crescimento pessoal.

Onde assistir: Netflix

9. Cinderela Pop (2019)

“Cinderela Pop” é um filme brasileiro de 2019, dirigido por Bruno Garotti e baseado no livro “Cinderela Pop” de Paula Pimenta. O livro, lançado em 2011, faz parte da série “Princesas Modernas” da autora, que reinterpreta contos de fadas clássicos em cenários contemporâneos e com protagonistas jovens.

Inspirada no conto de Cinderela, a história segue a vida de Cintia Dorella, uma adolescente que tem sua vida virada de cabeça para baixo quando seus pais se divorciam e seu pai se casa novamente. A madrasta de Cintia e suas duas filhas são pessoas desagradáveis e a fazem se sentir como uma estranha em sua própria casa.

Em vez de se deixar abater, Cintia decide seguir sua paixão pela música e se torna uma DJ talentosa, adotando o nome de DJ Cinderela. O livro de Paula Pimenta combina romance, humor e reflexões sobre identidade e autoestima, características que também são refletidas na adaptação cinematográfica.

O filme “Cinderela Pop” mantém o espírito leve e romântico da obra original, enquanto atualiza o contexto e os dilemas enfrentados pela protagonista. Com um elenco jovem e uma abordagem contemporânea dos contos de fadas, o filme conquistou o público adolescente e se tornou um sucesso entre os fãs da literatura de Paula Pimenta.

Onde Assistir: Netflix

10. A Vida Invisível (2019)

“A Vida Invisível” é um filme brasileiro de 2019, dirigido por Karim Aïnouz, baseado no livro “A Vida Invisível de Eurídice Gusmão” de Martha Batalha. O livro foi publicado em 2016 e recebeu grande reconhecimento por sua narrativa poderosa e emocionante sobre duas irmãs cariocas na década de 1940.

A história gira em torno de Eurídice e Guida, duas irmãs muito unidas que são separadas por circunstâncias da vida. O livro explora as trajetórias individuais das irmãs em um contexto cultural e social que limitava severamente as oportunidades das mulheres na época. Eurídice, uma talentosa pianista, enfrenta as expectativas da família e da sociedade, enquanto Guida busca independência e realizações pessoais fora das convenções tradicionais.

O filme “A Vida Invisível” captura a essência da obra de Martha Batalha ao abordar temas como amor, feminilidade, família e desigualdade de gênero. Com uma direção sensível e performances marcantes, o filme mergulha nas emoções profundas das personagens e na complexidade de suas relações, oferecendo uma reflexão sobre as vidas invisíveis e silenciadas de muitas mulheres ao longo da história.

Onde assistir: Globoplay, Amazon Prime Video

11. Perdida (2023)

“Perdida” é um filme brasileiro de 2023, dirigido por Vitor Garcia, baseado no livro homônimo de Carina Rissi. Publicado em 2011, o livro é um romance contemporâneo que mescla elementos de comédia romântica e aventura.

A história acompanha a vida de Sofia Alonzo, uma jovem que, após um incidente misterioso, acorda no século XIX em meio a uma sociedade e costumes completamente diferentes dos quais está acostumada. Nessa nova realidade, Sofia precisa aprender a se adaptar enquanto tenta encontrar uma maneira de voltar para casa. Ao mesmo tempo, ela se vê envolvida em um romance improvável com o charmoso e intrigante Ian Clarke.

O filme adapta a trama cativante e os personagens carismáticos criados por Carina Rissi, mantendo o tom leve e romântico que conquistou os leitores. Com uma ambientação visualmente deslumbrante e uma narrativa que mistura humor, romance e reviravoltas emocionantes, “Perdida” é uma jornada encantadora sobre amor, autodescoberta e o poder do destino.

Onde assistir: Star+, Disney+

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