
A vida selvagem costuma surpreender pela diversidade, mas poucos se dão conta de como alguns animais enfrentam situações que nenhum ser humano suportaria. Enquanto sentimos desconforto com o frio ou calor intensos, há espécies que prosperam em ambientes onde a sobrevivência parece impossível.
Pensando nisso, a seguir listamos 5 animais que conseguem sobreviver às condições mais extremas do nosso planeta.
5 animais que vivem em condições extremas
Tardígrado
Esse bicho microscópico é um absurdo de resistente. Invertebrado, com corpo segmentado e oito patas com garras, o tardígrado tem uma aparência que lembra a de um pequeno urso inflável, o que explica seu apelido: “urso-d’água”. Ele mede entre 0,1 e 0,5 milímetro de comprimento, sendo visível apenas com o auxílio de um microscópio.
Esse animal pode sobreviver aos mais diversos tipos de ambientes, mas se destaca justamente por resistir a condições que destruiriam quase todas as formas de vida conhecidas.
Para se ter uma ideia, o tardígrado pode sobreviver a temperaturas inferiores a -200 °C e superiores a 150 °C. Além disso, consegue resistir à radiação, à falta de oxigênio, à desidratação completa e até ao vácuo do espaço.
A explicação para tanta resistência está na criptobiose, estado em que o tardígrado desidrata quase por completo e seu metabolismo praticamente se interrompe. Assim, ele consegue suportar condições extremas até que o ambiente volte ao normal.
Peixe-bolha

Esse peixe esquisitão ganhou fama mundial principalmente por sua aparência incomum. Em 2013, o peixe-bolha foi eleito o animal mais feio do mundo em uma votação da Ugly Animal Preservation Society. No entanto, a aparência “incomum” dele pode ser explicada pela forte diferença de pressão entre seu habitat natural, nas profundezas do oceano, e a superfície.
O peixe-bolha vive a mais de mil metros de profundidade, onde a pressão é altíssima e a luz quase não chega. Seu corpo gelatinoso e sem ossos rígidos o ajuda a suportar a pressão intensa e a flutuar com pouco esforço.
Outra curiosidade sobre ele: o peixe-bolha não nada ativamente. Ele permanece quase imóvel, esperando que pequenos crustáceos passem por perto para se alimentar.
Camelo

Estamos acostumados a ver o camelo em filmes e desenhos animados enfrentando o deserto sem dificuldades. Porém, você já parou para pensar na verdadeira dimensão deste feito? Sobreviver em um ambiente tão árido exige habilidades únicas.
O camelo pode passar dias sem beber água, graças à capacidade de regular sua temperatura corporal e reduzir a perda de líquidos.
E, aliás, ao contrário do que muita gente pensa, a corcova do camelo não armazena água! Na verdade, ela guarda gordura, que pode ser transformada em energia quando necessário.
As narinas que se fecham, os cílios espessos e os cascos adaptados à areia são outras adaptações que permitem esse animal a enfrentar longas jornadas em regiões desérticas.
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Diabo-espinhoso

Outro animal que consegue resistir à extrema aridez do deserto é o diabo-espinhoso. Nativo de regiões áridas da Austrália, esse pequeno réptil possui um corpo coberto por escamas pontiagudas que lembram espinhos. Essas estruturas ajudam a proteger o animal contra predadores e também colaboram para a camuflagem no ambiente seco.
Além disso, as escamas formam sulcos que captam a umidade do orvalho, da chuva ou do solo e a canalizam até a boca, permitindo que o diabo-espinhoso se hidrate mesmo em locais onde a água é escassa.
Para completar, o réptil regula sua temperatura corporal, suportando as variações térmicas extremas entre o dia e a noite do deserto. Essas adaptações garantem a sobrevivência do diabo-espinhoso em um dos ambientes mais difíceis do planeta.
Pinguim-imperador

Além de conseguir sobreviver ao rigor do inverno antártico com adaptações especiais, o pinguim-imperador também utiliza um fator essencial: a cooperação.
Esses animais enfrentam temperaturas inferiores a -50 °C e ventos de até 200 km/h. Para conservar o calor, possuem uma camada densa de penas impermeáveis e uma espessa camada de gordura sob a pele.
Além disso, esse pinguim adota um comportamento social importante para viver nesse ambiente. Eles formam aglomerados que podem chegar a milhares de indivíduos, que se revezam entre as posições mais quentes no centro e as mais expostas nas bordas do grupo.
Durante o período de incubação, os machos equilibram os ovos nos pés, cobertos por uma dobra de pele que conserva o calor. Sem se alimentar por semanas, mantêm os filhotes aquecidos até que as fêmeas retornem com alimento.
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Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/07/23/ciencia-e-espaco/5-animais-que-vivem-em-condicoes-extremas/