Bluesky é uma rede social de microblogging descentralizada desenvolvida inicialmente como um projeto dentro do Twitter. Inevitável não a comparar com o X e observar os recursos que fazem falta na Bluesky e no que se difere de outras similares.
O objetivo da Bluesky é ser uma plataforma alternativa que promova maior controle dos usuários sobre suas experiências online e proporcione um ambiente mais aberto e livre.
A Bluesky foi lançada oficialmente em fevereiro de 2023, ainda em fase beta, com um sistema de acesso por convites. A rede social surgiu como uma iniciativa de Jack Dorsey, cofundador e ex-CEO do Twitter, que anunciou a criação do projeto em 2019, com a ideia de desenvolver uma plataforma descentralizada. Durante o desenvolvimento, Bluesky passou por vários estágios até atingir o público de testes no início de 2023.
É natural que depois da suspensão do X (ex-Twitter), os olhos dos usuários se voltem para outras opções e movimentam as redes sociais com seus comentários, críticas, comparações e também com elogios às novas opções.
5 recursos que fazem falta no Bluesky
Aqui estão cinco funcionalidades que fazem falta na Bluesky, especialmente em comparação com outras plataformas mais maduras, como o X.
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1- Ausência de trending topics e atualização
Órfãos do X foram os primeiros a tecer comentários sobre a Bluesky e os recursos que fazem falta na rede. Em primeiro lugar, a falta de atualização constante incomoda os usuários e isso faz com que as mesmas postagens fiquem aparecendo na timeline com frequência. E a ausência dos trending topics tira a essência da “notícia rápida” que é o principal ponto do X.
A ausência de trending topics na Bluesky é uma das diferenças notáveis em relação a outras redes sociais, como o X (antigo Twitter), onde os assuntos mais comentados são exibidos em tempo real. A falta dessa funcionalidade na Bluesky tem impacto direto na maneira como os usuários descobrem e interagem com o conteúdo popular.
No X, os trending topics ajudam os usuários a encontrar rapidamente discussões e eventos populares à medida que acontecem. Isso é especialmente importante para eventos ao vivo, notícias urgentes ou movimentos sociais. Sem essa funcionalidade, a Bluesky perde a capacidade de agregar discussões em massa e facilitar a participação em conversas de grande escala.
Trending topics promovem maior engajamento, já que os usuários são incentivados a participar de tópicos que estão em alta. Na Bluesky, a falta desse recurso limita a interação orgânica entre os usuários e dificulta a criação de momentos virais, que são essenciais para aumentar o tráfego e manter a relevância da plataforma.
Por outro lado, a ausência de trending topics pode ser uma escolha deliberada dos desenvolvedores da Bluesky, refletindo o foco em uma experiência mais descentralizada e personalizada. Isso significa que, em vez de uma curadoria algorítmica centralizada, os usuários podem ter mais controle sobre o que aparece em seu feed, criando uma experiência de navegação mais intimista.
Possível implementação futura?
Como a Bluesky ainda está em fase beta, é possível que funcionalidades como trending topics sejam introduzidas no futuro. No entanto, a forma como isso seria implementado em um ambiente descentralizado ainda é incerta, especialmente se a plataforma continuar focada em dar mais autonomia aos usuários em vez de controlar o que eles veem. Isso poderia levar a uma versão mais personalizada de trending topics, onde os algoritmos são escolhidos pelos próprios usuários ou comunidades.
2- Funcionalidades essenciais
Aqui entraria talvez um dos recursos que mais faziam falta, os vídeos. Mas no dia 10 de setembro, os desenvolvedores da Bluesky confirmaram que liberaram a postagem de vídeos. No entanto, essa implementação será gradual.
A falta de DMs é uma grande limitação para a comunicação privada entre usuários. No X, as DMs são uma parte essencial da experiência, permitindo conversas fora do público. Para que Bluesky se torne uma alternativa mais completa, a implementação de DMs é fundamental.
Atualmente, Bluesky oferece suporte básico para imagens, mas falta suporte para vídeos, enquetes, GIFs e stories — todos os recursos amplamente usados no X para engajamento. A adição dessas funcionalidades enriqueceria a experiência do usuário e atrairia criadores de conteúdo.
O sistema de verificação é um aspecto importante nas redes sociais modernas para combater bots e garantir a autenticidade das contas. Embora o X tenha recentemente feito mudanças controversas nesse recurso, um sistema de verificação eficiente e transparente na Bluesky ajudaria a estabelecer credibilidade e segurança.
3- Personalização do feed
Uma das promessas mais atraentes da Bluesky é permitir que os usuários escolham ou até desenvolvam seus próprios algoritmos de feed, mas isso ainda não foi plenamente implementado.
Personalizar o feed com base em preferências individuais, como conteúdo cronológico ou filtrado por relevância é um dos recursos que fazem falta do Blusky. E dar ao usuário o poder de escolher diferentes algoritmos que priorizem certos tipos de conteúdo (amigos, tópicos favoritos, etc.), criando uma experiência mais personalizada.
4- Escalabilidade e moderação
Embora a Bluesky esteja crescendo rapidamente, ainda está em uma fase inicial com um sistema de convites. Para competir com o X em termos de alcance global, precisaria aumentar sua capacidade para lidar com milhões de usuários sem perder a eficiência ou a qualidade do serviço.
Enquanto o X tem sistemas avançados de moderação de conteúdo, Bluesky, sendo descentralizada, coloca mais controle nas mãos dos servidores individuais. Contudo, ainda falta uma moderação robusta e ferramentas antifraude. Bluesky precisa garantir que consiga lidar com conteúdo prejudicial, desinformação e comportamentos abusivos em grande escala, o que é um desafio significativo para uma rede descentralizada.
5- Monetização e incentivos
Uma área em que o X tem avançado significativamente é a monetização de conteúdo, permitindo que criadores de conteúdo recebam pagamentos e assinaturas diretamente através da plataforma. Se Bluesky deseja atrair criadores de conteúdo e se tornar uma alternativa viável, precisará desenvolver modelos de monetização, como assinaturas, doações ou incentivos publicitários, para que influenciadores e produtores de conteúdo possam gerar receita.
Embora o foco descentralizado da Bluesky possa evitar uma dependência da publicidade tradicional, um modelo de receita sustentável, que não comprometa a experiência do usuário, seria necessário.
Integração com outras plataformas
Bluesky ainda carece dessas integrações. Melhorar a conectividade com outras plataformas e a integração de ferramentas externas seria fundamental para facilitar o uso e a adoção em larga escala. O tempo dirá como a rede vai caminhar e quais os usuários que permanecerão.
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Fonte: https://olhardigital.com.br/2024/10/03/internet-e-redes-sociais/5-recursos-que-fazem-falta-no-bluesky/