A Amazon revelou novos detalhes sobre o Autonomous Threat Analysis (ATA), um sistema interno baseado em agentes de inteligência artificial criado para identificar vulnerabilidades e sugerir correções com mais rapidez. A tecnologia nasceu durante um hackathon interno em agosto de 2024 e se tornou uma ferramenta central no processo de segurança da empresa, especialmente em um cenário em que a IA generativa acelera tanto o desenvolvimento de software quanto a ação de cibercriminosos. As informações são da Wired.
Com o aumento da produção de código e a sofisticação dos ataques digitais, equipes de segurança enfrentam um volume crescente de ameaças. A Amazon afirma que o ATA ajuda a ampliar a cobertura das análises, reduzindo limitações comuns causadas pela falta de profissionais e pela dificuldade de manter defesas atualizadas em um cenário que muda constantemente.
Como funciona o ATA
O ATA não opera como um único agente, mas como um conjunto de IA especializadas divididas em duas equipes: uma focada em simular ataques e outra dedicada à defesa. Esses agentes competem entre si para testar técnicas reais de invasão e propor contramedidas. A Amazon desenvolveu ambientes de teste altamente fiéis aos sistemas de produção, permitindo que os agentes executem comandos reais e gerem telemetria verificável.
Segundo a empresa, cada técnica ou recomendação produzida pelo ATA passa por validação automatizada com dados reais. Esse processo reduz falsos positivos.

Resultados e próximos passos
A Amazon destaca que o sistema já demonstrou impacto significativo. Em um dos testes, o ATA analisou ataques Python do tipo “reverse shell” e, em poucas horas, encontrou novas variações da técnica, além de sugerir detecções que se mostraram 100% eficazes.
Entre as vantagens apresentadas pela empresa estão:
- Capacidade de gerar rapidamente variações de técnicas ofensivas
- Propostas de correções em escala que humanos levariam muito mais tempo para produzir
- Redução de tarefas repetitivas para analistas de segurança, que passam a focar em problemas mais complexos
Embora funcione de forma autônoma, o ATA mantém o modelo “human in the loop”: um profissional revisa e aprova qualquer alteração antes de sua implementação real. Para os engenheiros envolvidos, como Michael Moran, um dos criadores do projeto, o sistema permite investigar novas técnicas de ataque em “velocidade de máquina”.
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O próximo objetivo é incorporar o ATA diretamente ao processo de resposta a incidentes, possibilitando detecção e contenção mais rápidas durante ataques reais aos sistemas da Amazon. Schmidt afirma que a IA assumirá o trabalho pesado, enquanto especialistas humanos se concentrarão em ameaças críticas.
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Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/11/25/seguranca/amazon-revela-sistema-de-ia-para-cacar-falhas-antes-de-ciberataques/
