
A Anthropic, startup de inteligência artificial (IA) por trás do Claude – rival do ChatGPT – passou a valer US$ 183 bilhões (cerca de R$ 1 trilhão) após levantar US$ 13 bilhões (R$ 72 bilhões) numa rodada de financiamento anunciada nesta terça-feira (02). Com a avaliação, a empresa se coloca entre as mais valiosas do setor de tecnologia.
O investimento foi liderado pela ICONIQ, Fidelity Management & Research Company e Lightspeed Venture Partners, com participação de nomes de peso como Qatar Investment Authority, Blackstone, TPG, General Catalyst e fundos ligados à BlackRock.
Receita da Anthropic cresceu rápido, diz empresa
Segundo comunicado da Anthropic, a receita anualizada da companhia saltou de US$ 1 bilhão (R$ 5,5 bilhões) no início de 2025 para mais de US$ 5 bilhões (R$ 27 bilhões) em agosto.
A empresa diz atender hoje mais de 300 mil clientes corporativos. No último ano, a quantidade de “grandes contas” – companhias que sozinhas representam mais de US$ 100 mil (R$ 550 mil) em receita anualizada – cresceu sete vezes.
Claude Code como motor de receita
Um dos destaques no portfólio da Anthropic é o Claude Code, ferramenta de IA voltada a desenvolvedores. Desde o lançamento, em maio, o produto já teria gerado mais de US$ 500 milhões (R$ 2,7 bilhões) em receita anualizada.
De acordo com a empresa, o uso da plataforma cresceu mais de dez vezes apenas nos três meses seguintes ao lançamento. Isso reforça a aposta da empresa em monetizar não só o chatbot Claude, de uso geral, mas também produtos voltados a nichos.
Disputa acirrada no mercado de IA
Fundada em 2021 por ex-funcionários da OpenAI, a Anthropic se consolidou como um dos principais concorrentes da desenvolvedora do ChatGPT. Além do Claude, que já figura entre os chatbots mais usados do mercado, a startup tem apostado em pesquisas de alinhamento, interpretabilidade e segurança em IA.

O valuation bilionário coloca a Anthropic numa corrida direta com gigantes. Além da OpenAI, estão no páreo: Google (Gemini), Meta (Llama) e a xAI (Grok), de Elon Musk. Todas disputam a preferência tanto de governos quanto de grandes empresas que buscam adotar IA em larga escala.
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Anthropic quer usar suas conversas para treinar o Claude
O crescimento da Anthropic acontece em paralelo a uma decisão controversa: a empresa anunciou que passará a usar conversas de usuários para treinar o Claude. A medida, que começa a valer em 28 de setembro, dá a cada pessoa a opção de autorizar ou não que suas interações sejam aproveitadas no treinamento de modelos de IA.

Segundo a empresa, a configuração será aplicada apenas a novas conversas e sessões de programação. Dados antigos não entram, a menos que o usuário volte a interagir com eles. A mudança vale para os planos Free, Pro e Max, além do Claude Code. Mas não atinge clientes corporativos que usam versões como Claude for Work, Gov ou Education, nem quem acessa a IA via API.
Para críticos, o risco é que muitos usuários aceitem os novos termos sem perceber que estão liberando suas informações pessoais para treinamento. A Anthropic afirma que usa técnicas para filtrar dados sensíveis e reforça que não vende informações a terceiros. Mas a discussão reacende o debate sobre privacidade e transparência no mercado de IA.
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