
O aumento das temperaturas do planeta já causa efeitos claros no Ártico. De acordo com cientistas, a região vem aquecendo cerca de quatro vezes mais rápido do que a média global, o que pode deixar o local sem gelo num futuro próximo.
Em fevereiro deste ano, partes do Ártico registraram temperaturas de até 20ºC acima do normal. Além disso, o gelo marinho atingiu o nível mais baixo já registrado no período, marcando o terceiro mês consecutivo de baixas recordes.
Região desempenha um papel vital nas temperaturas globais
Um relatório da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos aponta que o Ártico agora existe dentro de um “novo regime”, onde sinais como perda de gelo marinho e temperaturas oceânicas nem sempre quebram recordes, mas são consistentemente mais extremos em comparação com o passado.
Já um estudo da Universidade de Hamburgo destaca que a região ficará sem gelo no verão em algum momento até 2050. Pior do que isso: o primeiro dia sem gelo pode acontecer ainda antes do final desta década.
Os cientistas alertam que este é um problema com consequências globais. O Ártico desempenha um papel vital nas temperaturas globais e nos sistemas climáticos. Seu declínio acelera o aumento do nível do mar.
Além disso, o gelo marinho age como um espelho gigante, refletindo a luz do sol para longe da Terra e de volta para o espaço. À medida que encolhe, mais energia do sol é absorvida pelo oceano escuro, que acelera os efeitos das mudanças climáticas.
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Situação no Ártico pode causar desequilíbrio climático global
- Outro ponto de alerta são os incêndios florestais cada vez mais frequentes e intensos.
- Estes fenômenos estão alterando o ecossistema.
- Por milhares de anos, a paisagem arbustiva da tundra ártica armazenou carbono, mas as chamas e o degelo do permafrost estão fazendo com que esta região agora libere mais carbono do que armazena.
- Isso significa que o gelo terrestre derrete mais rápido, aumentando o nível do mar.
- O rápido aquecimento na região também enfraquece a corrente de jato, alterando os sistemas climáticos que afetam bilhões de pessoas.
- Isso faz com que as condições climáticas durem mais, levando a ondas de calor mais persistentes, por exemplo.
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Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/03/14/ciencia-e-espaco/artico-o-primeiro-dia-sem-gelo-pode-estar-chegando/