Quando o assunto é a alíquota de importação sobre carros eletrificados importados, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) discordam. E discordam fortemente, a ponto de seus dirigentes exporem publicamente seus posicionamentos conflitantes sobre a cobrança de impostos.
Associações têm posicionamentos conflitantes sobre alíquota de importação de carros elétricos
- A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) discordam fortemente sobre a alíquota de importação de carros eletrificados, expondo publicamente seus posicionamentos conflitantes;
- O governo federal planeja reajustar as taxas de importação de carros elétricos e híbridos em julho de 2025 e janeiro de 2026, com um teto em julho de 2026. Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, quer antecipar o teto de 35% para 2024;
- Ricardo Bastos, presidente da ABVE, critica a antecipação, alegando que causaria insegurança jurídica e poderia afastar investimentos no setor, lembrando que os impostos já vão “praticamente dobrar” a partir de 1º de julho de 2024;
- Entre os primeiros quatro meses de 2023 e 2024, o Brasil se tornou o maior importador de carros eletrificados chineses do mundo, com um aumento de 536% nas importações – o que parece desagradar a Anfavea.
Pelo cronograma oficial, as taxas estabelecidas pelo governo federal passarão por reajuste em julho de 2025 e janeiro de 2026, até atingir o teto em julho de 2026. Em suma, o nó é o seguinte:
- O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, pedirá para que o teto de 35% para a importação de carros elétricos (BEVs), híbridos (HEVs), híbridos plug-in (PHEVs) e micro-híbridos (MHEVs) seja antecipado para 2024;
- O presidente da ABVE, Ricardo Bastos, acredita que a Anfavea tenta “quebrar a regra”. Para ele, essa antecipação causaria insegurança jurídica no país e poderia afastar investimentos no setor.
Impostos já irão ‘praticamente dobrar’ em julho, diz presidente da ABVE
Em sua defesa contra a antecipação da alíquota máxima para importar carros eletrificados, Bastos aponta que os impostos sobre esses veículos já irão “praticamente dobrar” a partir de 1º de julho.
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Conforme lembrado pelo presidente da ABVE, “o que é 10% vai virar 18% [para carros elétricos], o que é 12% vai virar 24% [híbridos plug-in] e o que é 15% vai virar 25% [híbridos leves]”.
Entre os primeiros quatro meses de 2023 e 2024, o Brasil se tornou o maior importador de carros eletrificados chineses do mundo. De lá para cá, a importação desses veículos aumentou 536%. E a Anfavea parece não estar feliz com isso.
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