15 de outubro de 2025
Asteroide maior que o que exterminou os dinossauros atingiu a
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A Lua se formou há aproximadamente 4,5 bilhões de anos. A teoria mais aceita sugere que isso ocorreu a partir de um grande impacto de um antigo protoplaneta do tamanho de Marte com a Terra primitiva. Essa colisão gerou diversos detritos, muitos dos quais se uniram formando o nosso satélite natural.

Nos 200 milhões de anos seguintes, a superfície lunar foi coberta por um oceano de magma. Mas à medida que ela se afastou do nosso planeta, a rocha derretida acabou esfriando, formando uma crosta rochosa externa que permaneceu praticamente inalterada desde então.

Bacia do Polo Sul-Aitken se estende entre a cratera Aitken e o polo sul da Lua (Imagem: NASA/GSFC/Universidade do Arizona)

A maior e mais antiga cratera da Lua

  • Segundo cientistas, pouco depois que a Lua esfriou, há cerca de 4,3 bilhões, um asteroide mais de 10 vezes maior do que aquele que extinguiu os dinossauros bateu no que hoje é o lado oculto do satélite natural.
  • Essa colisão deu origem à bacia do Polo Sul-Aitken (SPA), uma cratera de impacto com cerca de 2.500 quilômetros de diâmetro e até 8 quilômetros de profundidade.
  • Esta é considerada a maior e mais antiga cratera da Lua.
  • Acredita-se que esse choque tenha sido tão extremo que pode ter ejetado uma mistura de material radioativo, apelidado de “potássio, elementos de terras raras e fósforo”, ou KREEP.
  • Mas foi justamente a partir de análises desses elementos que pesquisadores desafiaram essa hipótese.
  • Um novo estudo publicado na revista Nature aponta que o impacto citado teria ocorrido do outro lado da superfície lunar.
  • Isso significa que o KREEP resultante está espalhado ao redor da borda sul da cratera, exatamente onde a missão tripulada Artemis III está programada para pousar.

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Estudo apontou uma nova teoria sobre a formação da maior cratera lunar (Imagem: Alones Creative/iStock)

Materiais lunares podem ser coletados na missão Artemis III

Os pesquisadores responsáveis pelo trabalho suspeitaram das verdadeiras origens da bacia da SPA quando compararam sua forma com outras crateras de impacto no Sistema Solar, incluindo a bacia Hellas de Marte e a bacia Sputnik de Plutão. Todas as três crateras têm uma forma semelhante, com uma extremidade arredondada e outra mais pontiaguda, que provavelmente representa a direção do impacto.

A partir desta lógica, a equipe analisou dados da Lunar Prospector, uma espaçonave da NASA que orbitou a Lua de 1998 a 1999 e mediu a radioatividade dos elementos da superfície. Isso revelou uma alta concentração de tório, um componente-chave do KREEP, ao redor da borda sudoeste da cratera.

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Exploração da Artemis III pode revelar mistérios sobre a formação da Lua (Imagem: divulgação/Nasa)

Isso significa que as missões Artemis pousarão na borda inferior da bacia, o melhor lugar para estudar a maior e mais antiga bacia de impacto da lua. É aqui que a maior parte do material ejetado, material das profundezas do interior da Lua, deve ser concentrado.

Jeffrey Andrews-Hanna, cientista da Universidade do Arizona e principal autor do estudo 

A missão Artemis III, que tem como objetivo levar os humanos de volta à Lua pela primeira vez desde 1972, está programada para ser lançada em 2027. Antes dela, a missão Artemis II, prevista para o início do ano que vem, vai enviar uma espaçonave tripulada para orbitar o nosso satélite natural. Se tudo der certo, os astronautas podem voltar para casa com muitas respostas sobre o passado da Lua.

O post Asteroide maior que o que exterminou os dinossauros atingiu a Lua no passado apareceu primeiro em Olhar Digital.

Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/10/15/ciencia-e-espaco/asteroide-maior-que-o-que-exterminou-os-dinossauros-atingiu-a-lua/