
O Sol funciona em ciclos de 11 anos. Nesse tempo, a atividade do astro fica mais intensa em alguns momentos e, em outros, mais modesta. Alguns cientistas acreditam que acabamos de passar pelo pico do máximo solar (um momento de muita atividade)… mas isso não significa que os efeitos do Sol na Terra chegaram ao fim.
A física do clima espacial Tamitha Skov pontuou que, mesmo no final desse auge, o Sol pode nos enviar um “último suspiro” de explosões. E o resultado disso é um aumento não só na duração das tempestades geomagnéticas, mas também nas auroras que aparecem nos céus da Terra.
O ciclo solar
Aqui da Terra a nossa percepção é que o Sol se mantém estável. A verdade, entretanto, é que nossa estrela é bastante mutável.
Um desses fenômenos é o chamado ciclo solar. A cada 11 anos ou mais, o Sol sofre uma variação na atividade magnética, marcada pelo aumento e diminuição no número de manchas solares. Além disso, durante o chamado máximo solar, ocorrem grandes explosões de energia.
Este ciclo afeta o “clima espacial”, com possíveis consequências para satélites, sistemas de comunicação, como GPS e rádio, e redes elétricas na Terra. Além disso, causa o aparecimento de auroras nos céus do planeta.

Auroras podem ser mais comuns nos próximos anos
Para Skov, mesmo que o pico solar tenha passado, o Sol deve seguir desencadeando tempestades geomagnéticas na Terra e, consequentemente, causando auroras.
Para Pål Brekke, físico solar da Agência Espacial Norueguesa, ao site Space.com, o pico da atividade auroral, especificamente, acontece alguns anos depois do máximo solar. Ou seja, ainda devemos ter vários anos com auroras bem intensas.
Mas por que?
- Isso acontece porque, mesmo após o fim do pico solar, ainda há muitos buracos coronais na superfície do Sol;
- Eles causam erupções e, consequentemente, tempestades geomagnéticas, que lançam partículas de energia no espaço;
- Quando as partículas energéticas vindas do Sol chegam na nossa atmosfera, colidem com os gases que existem por aqui (principalmente oxigênio e hidrogênio) e liberam luzes coloridas próximo aos polos magnéticos da Terra. Essas são as auroras.
Segundo Skov, as tempestades nesse período podem não ser tão intensas quanto no máximo solar, mas têm maior duração. Nesse caso, as auroras também ficam mais duradouras.

O último suspiro do Sol
Além da atividade solar e auroral no geral, Skov também destacou o que ela chama de “último suspiro” do Sol. Para ela, todos os ciclos solares têm esse período de energia na fase de declínio, quenormalmente dura entre dois e três anos.
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Além das auroras, que devem ficar mais duradouras nesse tempo, há chances de outros eventos vindos do Sol, como anomalias em naves espaciais causadas por partículas solares.
Para quem está na Terra e quer ver as auroras, os próximos anos serão promissores.
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