Nos últimos dias, a Terra esteve na linha de fogo de quatro jatos de plasma solar – cientificamente chamados de ejeções de massa coronal (CMEs), o que provocou tempestades geomagnéticas durante o fim de semana, formando auroras espetaculares em latitudes mais baixas do que normalmente se esperaria vê-las. E é possível que isso continue.
As CMEs são disparos de plasma e campos magnéticos que são lançados para o espaço quando as manchas solares entram em erupção. Quando as partículas carregadas de uma CME interagem com a magnetosfera da Terra, elas podem desencadear tempestades geomagnéticas, que causam os shows de luzes nas extremidades norte e sul do planeta.
Dependendo da força com que esse material atinge a atmosfera terrestre, a propagação geográfica das auroras pode se expandir, fazendo com que várias localidades do mundo não tão próximas dos polos tenham a chance de contemplar esses espetáculos.
Vamos entender:
- O Sol tem um ciclo de 11 anos de atividade;
- Ele está atualmente no que os astrônomos chamam de Ciclo Solar 25;
- Esse número se refere aos ciclos que foram acompanhados de perto pelos cientistas;
- No auge dos ciclos solares, o astro tem uma série de manchas em sua superfície, que representam concentrações de energia;
- À medida que as linhas magnéticas se emaranham nas manchas solares, elas podem “estalar” e gerar rajadas de vento;
- De acordo com a NASA, essas rajadas são explosões massivas do Sol que disparam partículas carregadas de radiação para fora da estrela em ejeções de massa coronal;
- As erupções são classificadas em um sistema de letras pela NOAA – A, B, C, M e X – com base na intensidade dos raios-X que elas liberam, com cada nível tendo 10 vezes a intensidade do anterior;
- A classe X, no caso, denota os clarões de forte intensidade, enquanto o número fornece mais informações sobre sua força;
- Um X2 é duas vezes mais intenso que um X1, um X3 é três vezes mais intenso, e, assim, sucessivamente.
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De acordo com o Centro de Previsão do Clima Espacial (SWPC) da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), duas CMEs associadas a uma erupção solar de classe M começaram sua jornada rumo à Terra na quarta-feira (7). No dia seguinte, uma erupção solar de classe X arremessou um terceiro jato em direção ao planeta.
Tempestade geomagnética continua forte e pode formar mais auroras
Na sequência, uma “CME fraca” associada a outra explosão de classe M foi detectada na manhã de sábado (10), elevando o número total de explosões de plasma em nossa direção para quatro.
Em decorrência disso, foram previstas tempestades geomagnéticas de classe G2 para o fim de semana. Os eventos nessa categoria são classificados como moderados em uma escala que vai de G1 a G5.
No entanto, segundo a plataforma de meteorologia e climatologia espacial Spaceweather.com, o grau da tempestade que se desenvolveu até a madrugada desta segunda-feira (12) foi G3, o que é considerado forte.
Como consequência do evento, auroras foram vistas em mais de 30 estados norte-americanos, até o sul do Texas, Colorado e Califórnia. No momento, a tempestade não mostra sinais de diminuição, o que significa que a situação pode continuar até terça-feira (13).
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