
Após meses de muita expectativa, os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia irão se reunir, na próxima sexta-feira (15), para discutir possibilidades para o fim da guerra na Ucrânia. O encontro entre Donald Trump e Vladimir Putin acontecerá no Alasca.
O curioso é que o local escolhido para esta importante conversa tem uma história ligada aos dois países. Trata-se de uma base militar norte-americana que foi utilizada durante a Guerra Fria para espionar a União Soviética.
Escolha do local é simbólica
Localizada em Anchorage, o espaço abrigou um grande número de aeronaves e supervisionou operações de diversos radares destinados a detectar atividades militares soviéticas. Um dos principais objetivos era identificar possíveis lançamentos nucleares.
Apesar de boa parte do equipamento militar daquela época já ter sido desativada, a base ainda abriga esquadrões de aeronaves importantes, incluindo o caça furtivo F-22 Raptor. O local também é utilizado por aviões norte-americanos para interceptar aeronaves russas que eventualmente entram no espaço aéreo dos EUA.

Dessa forma, a escolha do local é simbólica. Além de sinalizar o poder militar dos Estados Unidos, o que pode favorecer Trump nas negociações, a base militar permite fortalecer os laços com Putin e um alto nível de segurança.
Para o presidente Trump, é uma ótima forma de mostrar a força militar americana, ao mesmo tempo em que isola a capacidade do público de interferir no que ele provavelmente espera que seja um diálogo produtivo.
Benjamin Jensen, pesquisador sênior de defesa e segurança no Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais
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Ausência da Ucrânia na reunião gera críticas
- Apesar de importante, o encontro entre Trump e Putin tem sido criticado por autoridades da Ucrânia e da Europa.
- A principal preocupação é que os interesses europeus sejam deixados de lado na negociação de paz.
- O presidente dos EUA já afirmou que um acordo pode envolver trocas de território e reuniões futuras com o líder da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, devem acontecer em seguida.
- Em declaração recente para a imprensa, o republicano afirmou que a reunião desta sexta será muito importante e irá preparar o terreno para novas discussões.
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