
O Banco Central (BC) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) confirmaram, na quarta-feira (24), que houve um acesso indevido a dados vinculados a algumas chaves Pix presentes no sistema Sisbasjud, serviço que auxilia na busca de ativos, sendo operada pelo CNJ junto ao BC.
O que aconteceu no acesso indevido ao Pix
- Esse incidente teria acontecido entre 20 e 21 de julho e atingiu dados de cadastro de 11.003.398 pessoas;
- Ambos os órgãos disseram que nenhum dado sensível, como senhas, saldos, extratos bancários e demais informações protegidas por sigilo bancário, foram obtidas;
- Ainda de acordo com ambos, as informações expostas são de natureza cadastral, o que inclui nome do titular, chave Pix, instituição financeira, número da agência e número da conta;
- Na nota do BC, o órgão disse que o vazamento “não permite movimentações de recursos, nem acesso às contas ou a outras informações financeiras”;
- Já o CNJ informou o incidente foi “imediatamente identificado e corrigido“, além de que o sistema retornou ao seu normal após medidas de segurança terem sido tomadas.
Ainda, a Polícia Federal e Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) estão cientes do que aconteceu.

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Há risco?
Mesmo não havendo chance de movimentações financeiras com os dados expostos, o CNJ frisou que as informações de cadastro vazadas podem representar riscos potenciais, como tentativa de golpes e fraudes.
Dessa forma, o órgão recomendou que usuários permaneçam em alerta para o caso de comunicações suspeitas e ampliem seus cuidados com segurança digital.
A instituição também afirmou não entrar em contato com as vítimas do vazamento por meio de SMS, e-mail ou telefonemas, além de que irá disponibilizar, em seu site, um canal exclusivo para que as pessoas consultar se foram afetados.

Pix: Brasil pode ter inventado o futuro do dinheiro, diz Nobel de Economia
O Pix entrou na mira de uma investigação comercial promovida pelo governo dos Estados Unidos após pedido de Donald Trump. Segundo o Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR), o serviço representaria uma concorrência desleal para empresas norte-americanas.
Apesar da notícia ser negativa, a repercussão deu visibilidade para o sistema de pagamento brasileiro. Isso levou o economista Paul Krugman, vencedor do Nobel de Economia em 2008, a elogiar a tecnologia criada pelo Brasil.
EUA deveriam aprender com o Brasil, diz o economista
Em artigo, Krugman sugeriu que o Brasil pode ter inventado o futuro do dinheiro. Ele citou o sistema brasileiro para criticar a aprovação de uma legislação de criptomoedas nos Estados Unidos. Segundo ele, essa lei “abre caminho para futuras fraudes e crises financeiras”.
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