17 de setembro de 2025
Câncer de pele: saiba como prevenir doença que afetou Bolsonaro
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Nesta quarta-feira (17), o corpo médico do ex-presidente Jair Bolsonaro atualizou seu quadro. Bolsonaro foi diagnosticado com carcinoma, um tipo de câncer de pele. A enfermidade foi constatada nas lesões removidas em procedimento cirúrgico feito no domingo (14).

Mas, afinal de contas, o que é o carcinoma e as demais variações do câncer de pele? Como identificá-los?

Exemplo de carcinoma, tipo mais comum de câncer de pele (Imagem: arboursabroad.com
/Shutterstock)

Saiba tudo sobre o câncer de pele

No caso do carcinoma, ele é um tumor maligno, considerado o mais comum no Brasil e tem ligação direta à exposição excessiva aos raios UV que chegam à Terra diretamente do Sol.

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) detalha que o câncer de pele não melanoma é o que mais acomete os brasileiros, com 31,3% do total.

Assim como nos demais tipos de câncer existentes, é primordial que a doença seja identificada ainda no início, em especial o melanoma, tipo mais agressivo.

Tipos de câncer de pele

São dois os grupos de câncer de pele: o não melanoma e o melanoma.

  • Não melanoma:
    • É o mais frequente e possui duas subdivisões: o carcinoma basocelular e o espinocelular.
      • Carcinoma basocelular é o mais comum de todos e o menos agressivo. Costuma apresentar lesões e crescer vagarosamente;
      • Enquanto o carcinoma espinocelular se desenvolve mais rapidamente e apresentam feridas que não cicatrizam mesmo após semanas, podendo levar a metástase (quando as células cancerígenas se espalham para outros órgãos).
    • Ambos têm ligação direta com a radiação solar e, desde os primeiros sinais, deve ser acompanhado por dermatologista.
  • Melanoma:
    • Ele aparece em qualquer parte do corpo, em pele ou mucosas, na forma de mancha, pintas e sinais;
    • É o tipo menos comum de câncer de pele, com 3% de incidência, dada a grande possibilidade de haver metástase.
Ilustração digital de melanoma, tipo de câncer de pele
Melanoma: um dos tipos do câncer de pele (Imagem: Christoph Burgstedt/iStock)

Sintomas e diagnóstico

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) diz que o câncer de pele pode se apresentar como pintas ou outras lesões benignas.

Por conta disso, a única forma segura de descobrir se a pessoa está com câncer de pele é por meio de exame clínico.

Quanto aos sintomas, é preciso se atentar aos seguintes:

  • Lesões na pele de aparência elevada e brilhante, que podem ser translúcidas, avermelhadas, castanhas, róseas ou multicoloridas. Além disso, costumam ter crosta central e sangramento corriqueiro;
  • Pintas pretas ou castanhas que mudam de cor, têm textura, ficam irregulares nas bordas e crescem;
  • Manchas ou feridas que não querem cicatrizar e, além disso, crescem. Elas causam coceiras, crostas, erosões e/ou sangramento.

A identificação dessas lesões pelos médicos é feita pela técnica do “ABCDE“:

  • Assimetria;
  • Bordas irregulares;
  • Cores variadas;
  • Dimensão (podendo ser maligno se sua dimensão for maior que 6 mm);
  • Evolução da lesão.

Quanto ao que pode causar o câncer de pele, saiba que não é só a exposição ao Sol que o causa, podendo, ainda, pesar fatores, como histórico familiar, presença de muitas pintas e uso de medicamentos imunossupressores (comuns em pacientes transplantados).

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Prevenção

Algumas medidas são importantes na prevenção ao câncer de pele. São elas:

  • Evite se expor prolongadamente ao Sol, em especial entre 10h e 16h;
  • Use proteções adequadas, como roupas, bonés, chapéus com abas grandes, óculos escuros com proteção UV e sombrinhas ou guarda-chuvas;
  • Sempre antes de se expor ao Sol, use protetor solar com fator FPS de, no mínimo, 30. Reaplique-o a cada duas horas se permanecer sob o Sol, ou após mergulhar, ou após transpirar bastante. Isso vale para qualquer protetor, incluindo os que indicam ser impermeáveis;
  • Use protetor solar labial;
  • Vá ao dermatologista ao menos uma vez por ano.
Doutora examinando a pele de uma pessoa
Acompanhamento anual com dermatologista é primordial (Imagem: Inside Creative House/Shutterstock)

Tratamento

Já falamos antes que o diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura. Portanto, é vital manter consultas periódicas com seu dermatologista e realizar exames de rotina, pois são atitudes que ajudam na detecção de alterações suspeitas antes que o câncer se desenvolva mais.

Já o tratamento em si depende muito do estágio no qual a doença é detectada. Em grande parte das vezes, apenas a remoção cirúrgica da lesão já basta para a cura — ainda mais se acontecer de forma precoce.

Em casos mais graves, como o melanoma avançado, outras terapias podem ser necessárias, como a imunoterapia e medicamentos orais voltados para mutações genéticas.

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Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/09/17/medicina-e-saude/cancer-de-pele-saiba-como-prevenir-doenca-que-afetou-bolsonaro/