
As ações da Qualcomm caíram 4% após o governo chinês abrir uma investigação antitruste sobre a aquisição da Autotalks, empresa israelense de chips voltados para comunicação entre veículos.
A Administração Estatal de Regulação do Mercado da China (SAMR) afirmou em comunicado nesta sexta-feira (10) que a fabricante americana é suspeita de violar leis de concorrência do país, elevando as tensões entre Pequim e Washington às vésperas de uma reunião entre Donald Trump e Xi Jinping na Coreia do Sul.
Qualcomm se pronuncia
- A Qualcomm confirmou estar cooperando com as autoridades e destacou seu compromisso com “o crescimento de clientes e parceiros” na China, onde empresas como Xiaomi são grandes compradoras de seus chips.
- A empresa obtém cerca de 46% de sua receita de clientes chineses. O episódio marca mais um capítulo no cerco chinês às Big Techs americanas.
- Em setembro, a Nvidia também foi acusada de violar leis antimonopólio, e Pequim reforçou recentemente restrições à exportação de terras raras, insumos essenciais para a indústria de semicondutores.
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Caos para empresas americanas em solo chinês
Especialistas afirmam que o caso da Qualcomm amplia o clima de incerteza geopolítica e o risco regulatório para companhias dos EUA que operam na China. A empresa já havia enfrentado problemas semelhantes: em 2015, pagou US$ 975 milhões para encerrar um processo antitruste no país.
A nova investigação reacende o temor de retaliações cruzadas no setor de chips — eixo central da disputa tecnológica entre as duas potências.

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