Boas notícias: a chuva de meteoros Táuridas, que preocupava muitos cientistas por seu potencial danoso ao planeta Terra, não é tão perigosa assim.
A Táuridas ocorre sempre no fim do ano, entre setembro e dezembro, e são conhecidas por produzir “bolas de fogo” – meteoros extremamente brilhantes que podem superar o brilho de Vênus e durar mais tempo no céu.
Essas “bolas de fogo” já foram consideradas uma ameaça porque há a possibilidade de conter detritos maiores (como rochas de 100 km de diâmetro) que poderiam causar danos à Terra.
“Nossas descobertas sugerem que o risco de ser atingido por um grande asteroide proveniente da chuva de meteoros Táuridas é muito menor do que acreditávamos, o que é uma ótima notícia para a defesa planetária”, afirmou o astrônomo Quanzhi Ye, da Universidade de Maryland, em um comunicado.
O astrônomo foi responsável por liderar uma pesquisa investigativa sobre o perigo dos meteoros junto a uma equipe de pesquisadores da Universidade de Maryland.
Usando o telescópio Zwicky Transient Facility (ZTF) para pesquisar grandes extensões de céu, os cientistas puderam investigar com mais detalhe o fluxo de detritos espaciais que compõem as Táuridas.
“Aproveitamos uma rara oportunidade quando este enxame de asteroides passou mais perto da Terra, permitindo-nos procurar de forma mais eficiente objetos que poderiam representar uma ameaça ao nosso planeta”, disse Ye.
Táuridas, as “bolas de fogo” que ocupam os céus de fim de ano
As Táuridas aparecem em dois momentos no fim do ano: em setembro e outubro, quando passam pelo hemisfério Sul; e em novembro e dezembro, quando aparecem no hemisfério Norte.
Acredita-se que essa chuva de meteoros é um resquício de um grande cometa chamado Encke. Ao passar pela Terra, esses detritos podem ser vistos a olho nu nos céus na forma de rastros bastante luminosos – ou as famosas “bolas de fogo”.
As Táuridas sempre representaram uma ameaça em potencial, porque os astrônomos acreditavam que os detritos poderiam abrigar asteroides grandes e potencialmente perigosos, algo que nunca conseguiram comprovar ou refutar.
Agora, no entanto, com a análise, eles acreditam que ainda precisam manter as Táuridas em observação, já que há alguns objetos que ainda apresentam risco, mas o número é muito menor.
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“Embora ainda precisemos nos manter vigilantes em relação aos impactos dos asteroides, poderemos dormir melhor sabendo destes resultados”, conclui Ye.
As descobertas do grupo foram apresentadas durante a reunião anual da Divisão de Ciências Planetárias (DPS) da Sociedade Astronômica Americana (AAS), que aconteceu na última semana, em Idaho, nos Estados Unidos.
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