Se o calor, o trânsito e a falta de espaço já cansaram, talvez a próxima fronteira urbana esteja logo abaixo dos nossos pés. Túneis, metrôs inteligentes e até bairros subterrâneos estão deixando de ser ficção e virando pauta séria no urbanismo. Estudos feitos pela cidade de Helsinque, na Finlândia, mostram como é possível fazer esse projeto acontecer.
O que estudos e projetos revelam sobre a possibilidade de cidades subterrâneas?
A cidade de Helsinque, Finlândia, desenvolveu um plano mestre para o uso do espaço subterrâneo como parte do desenvolvimento urbano, permitindo a construção integrada de túneis, infraestrutura técnica e áreas subterrâneas
Esses estudos, publicados na ScienceDirect, mostram os “bastidores” da cidade: ventilação avançada, segurança contra incêndio, drenagem inteligente e integração com metrôs e VLTs, tudo planejado para funcionar sem a gente perceber.
Por que pensar em cidades subterrâneas chama tanta atenção?
Descer a cidade para o subsolo parece radical, mas faz sentido em metrópoles lotadas. A ideia é liberar a superfície para áreas verdes, pedestres e convivência, enquanto funções intensas acontecem “por baixo”.
Além de ganhar espaço, o subsolo oferece temperatura mais estável e menos ruído, o que pode melhorar conforto, eficiência energética e a experiência urbana no dia a dia.
Como isso mudaria hábitos urbanos e qualidade de vida?
Imagine trajetos mais rápidos e previsíveis, sem semáforos ou chuva atrapalhando. Em cidades como Tóquio, Helsinque e Montreal, corredores subterrâneos já conectam transporte, comércio e serviços.
No cotidiano, isso significa menos tempo no trânsito, mais espaço para caminhar na superfície e bairros mais silenciosos, um combo que impacta sono, humor e produtividade. Elon Musk construiu um túnel de cerca de 4,8km em Las Vegas, Estados Unidos, através da sua companhia The Boring Company, visando aliviar o trânsito da cidade. O projeto chamado “Loop” oferece uma alternativa eficiente e futurística.
Quanto custa e para quem isso realmente funciona?
Construir no subsolo é caro, mas pode compensar em longo prazo quando reduz congestionamento e libera terrenos valiosos na superfície.
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Túneis de transporte
Custo inicial: Alto
Benefício urbano: Muito alto
Vale a pena: Sim, em metrópoles
Centros comerciais subterrâneos
Custo inicial: Médio
Benefício urbano: Médio
Vale a pena: Depende do fluxo
Moradia parcial
Custo inicial: Alto
Benefício urbano: Médio
Vale a pena: Com planejamento
Infraestrutura técnica
Custo inicial: Médio
Benefício urbano: Alto
Vale a pena: Sim
O segredo é não vender a ideia como solução mágica: ela funciona melhor quando integrada ao plano urbano.
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Quais tendências apontam para o futuro abaixo da cidade?
Antes de listar, vale entender que o subsolo ganha força quando resolve problemas reais, espaço, clima e mobilidade e não só quando vira atração.
Entre as tendências que estão avançando:
- Túneis exclusivos para transporte elétrico e carga
- Estações multimodais com serviços no subsolo
- Moradias híbridas com áreas técnicas abaixo do solo
- Infraestrutura resiliente a eventos climáticos
- Planejamento urbano em camadas
No fim, cidades subterrâneas não substituem a vida urbana: elas a complementam. Entender como a cidade funciona, por cima e por baixo, ajuda a viver melhor nela, com mais tempo, conforto e possibilidades para o dia a dia.
O post Cidades subterrâneas deixam de ser ficção e entram no planejamento apareceu primeiro em Olhar Digital.
Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/12/20/olha-isso/cidades-subterraneas-deixam-de-ser-ficcao-e-entram-no-planejamento/
