A metilação do DNA é um processo que altera a expressão gênica sem modificar a sequência genética. Quando envelhecemos, no entanto, este fundamental trabalho fica prejudicado, causando a redução da função dos órgãos e o aumento da suscetibilidade a doenças.
Apesar dos cientistas saberem disso, ainda há muitos mistérios de como a metilação se relaciona com o envelhecimento. Foi por isso que pesquisadores da Universidade Monash, na Austrália, analisaram mais de 15 mil amostras de 17 tecidos humanos retirados de adultos de diferentes idades.
Alguns tecidos parecem envelhecer mais rápido do que outros
- O trabalho avaliou os padrões de metilação do DNA em amostras de tecido humano e revelou que alguns tecidos parecem envelhecer mais rápido do que outros.
- A retina e o estômago, por exemplo, acumulam mais alterações do que o colo do útero ou a pele.
- A equipe também identificou marcadores epigenéticos universais de envelhecimento em diferentes órgãos.
- Este “atlas epigenético” pode ajudar os cientistas a entenderem melhor como este processo natural modifica nossos genes.
- Além de ajudar na busca por terapias para frear a velhice.
- As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista Nature.
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Mecanismo de envelhecimento comum
No geral, os pesquisadores descobriram que a quantidade média de metilação varia muito entre os tecidos. Segundo o estudo, ela pode chegar a 35% no colo do útero, até 48% na pele, 51% no músculo, 53% no coração, 57% no estômago e até 63% na retina.
Além de examinar as diferenças entre os tecidos, os cientistas examinaram locais de genes individuais em cada genoma de tecido. O objetivo era tentar encontrar um mecanismo de envelhecimento comum para todos os tipos de tecidos.
A partir desta análise, eles descobriram que vários genes que tinham alterações de metilação eram fortes marcadores biológicos de envelhecimento em vários tecidos. Estes incluíram os reguladores do desenvolvimento HDAC4 e HOX, que estão relacionados à senescência e declínio relacionado à idade, e MEST, que tem sido associado a diabetes e obesidade.
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