Faltando poucos meses para completar 3 anos, a Guerra na Ucrânia está prestes a escalar para uma nova fase. No último domingo (17), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, autorizou Kiev a utilizar os mísseis de longo alcance ATACMS (se lê attack MS) contra o território da Rússia.
Segundo fontes ligadas à Casa Branca, a medida é uma resposta ao envio de milhares de soldados norte-coreanos para auxiliar Moscou no conflito. As tropas foram deslocadas para a cidade de Kursk, que fica no sudoeste da Rússia, quase fronteira com a Ucrânia. O Exército russo voltou a avançar por várias frentes de batalha e quer retomar esse território especificamente, considerado estratégico – pela sua localização e para uma eventual negociação de paz no futuro.
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Vale destacar que a Ucrânia já utiliza mísseis ATACMS há um tempo, mas o uso se limitava a ações de defesa. Com o aval de Biden, o governo Volodymyr Zelensky poderá agora bombardear o território russo.
Os ucranianos afirmam que as principais bases aéreas, depósitos de suprimentos, posições de comando e outros centros logísticos russos poderiam se tornar alvos fáceis, dificultando o reabastecimento de tropas e armamento.
A medida, portanto, tem potencial para mudar os rumos da guerra. O grande porém é que a Rússia promete reagir. E as ameaças variam de testes nucleares até uma Terceira Guerra Mundial.
O que são os mísseis ATACMS?
- A sigla ATACMS significa Army Tactical Missile Systems (em português, Sistemas de Mísseis Táticos).
- Os projéteis ultra tecnológicos são capazes de atingir alvos com precisão a uma distância de até 300 quilômetros.
- Os mísseis são feitos pela empresa Lockheed Martin e possuem um alcance muito maior do que qualquer canhão ou foguete de artilharia.
- Também possui um potencial destrutivo gigantesco, uma vez que carrega cerca de 170kg de explosivos.
- O míssil data da década de 1980 – e “nasceu” para destruir alvos soviéticos.
- Os EUA já utilizaram o ATACMS em outros conflitos após a Guerra Fria.
- Em 1991, por exemplo, para expulsar tropas iraquianas do Kuwait, durante a Operação Tempestade no Deserto.
- E em 2003, na Operação Liberdade do Iraque, que deu início a um longo conflito na região.
Ameaças e um novo rumo para a guerra
A Ucrânia pedia aos EUA autorização para utilizar os ATACMS desde o início da invasão, em fevereiro de 2022. O presidente Joe Biden, no entanto, resistia. Principalmente por temer uma escalada na guerra.
O líder russo Vladimir Putin já disse mais de uma vez que não toleraria o lançamento de mísseis que não fossem da Ucrânia contra o seu território. Em setembro, declarou que poderia utilizar armas nucleares em resposta ao que ele chamou de um “ataque conjunto” do Ocidente.
A agência de notícias Tass informou que o Kremlin já classificou a ação de agora como uma “escalada” nas tensões. A Tass também noticiou que parlamentares russos consideraram a autorização de Biden “um passo sem precedentes, que pode levar a uma Terceira Guerra Mundial”.
Segundo autoridades americanas ouvidas pelo jornal The New York Times, o temor de que Putin suba ainda mais o tom por conta da autorização ainda existe, mas foi superado pela urgência do atual cenário – sobretudo a entrada efetiva da Coreia do Norte na guerra.
Além disso, Biden resolveu se mexer após a vitória de Donald Trump nas eleições. O republicano, aliás, já declarou há alguns anos que ele seria capaz de resolver o conflito “em um dia” apenas. Nossa expectativa é que ele cumpra essa promessa.
O post Conheça o míssil americano que a Ucrânia vai usar contra a Rússia apareceu primeiro em Olhar Digital.
Fonte: https://olhardigital.com.br/2024/11/18/pro/conheca-o-missil-americano-que-a-ucrania-vai-usar-contra-a-russia/
