Um novo estudo conduzido por pesquisadores do NYU Langone Health mostra que correr pode impulsionar substâncias químicas cerebrais ligadas ao movimento, à agilidade e à velocidade — mesmo em animais de meia-idade.
Os autores afirmam que o exercício aeróbico ajuda a restaurar a fluidez dos movimentos, frequentemente perdida com o envelhecimento em humanos e outros mamíferos. As descobertas foram publicadas na revista npj Parkinson’s Disease.
Efeitos do exercício no cérebro que envelhece
- A investigação analisou como a corrida voluntária em roedores pode influenciar a liberação de dopamina, neurotransmissor essencial para a motivação, a memória e o controle motor.
- Trabalhos anteriores já haviam mostrado esse efeito em animais jovens, mas a nova pesquisa revela que ratos de 12 meses — equivalentes a humanos na faixa dos 50 anos — apresentam aumentos iguais ou até superiores na dopamina após um mês de atividade física.
- Esses animais também se moviam com mais velocidade e destreza ao descer postes ou percorrer arenas, superando ratos sedentários da mesma idade.
- Como a força de preensão permaneceu inalterada, os cientistas concluíram que o ganho de desempenho veio de melhorias na coordenação, e não no fortalecimento muscular.
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Implicações para Parkinson e novas terapias
A equipe também observou que ratos ativos liberavam cerca de 50% mais dopamina que os sedentários, tanto machos quanto fêmeas, mesmo que elas corressem o dobro. Segundo os autores, isso sugere que existe um “ponto ideal” de exercício acima do qual o benefício não aumenta.
Para a autora sênior, Margaret Rice, os resultados reforçam evidências de que o exercício melhora movimento, humor e memória — funções prejudicadas na doença de Parkinson.
A equipe planeja repetir o experimento em modelos animais da doença e afirma que estudos em humanos serão essenciais para entender como a dopamina induzida pelo exercício pode auxiliar no tratamento.

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