29 de dezembro de 2024
De outro mundo? As aparições mais fascinantes de 2024
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2024 foi um ano repleto de aparições de criaturas curiosas e fascinantes, e o Olhar Digital selecionou oito dos casos mais marcantes para relembrar. Essas criaturas misteriosas foram encontradas ao redor do mundo, do Brasil à Austrália; confira as aparições mais impressionantes. 

Entre criaturas marinhas, invertebrados e até mesmo uma anfisbena, o ano de 2024 forneceu aparições que parecem ter saído diretamente de um filme de ficção científica. A identificação de novas espécies e criaturas nos mostraram que ainda há muito o que conhecer sobre o nosso planeta.

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Quais criaturas mais fascinantes marcaram 2024?

Nosso planeta já apresenta uma biodiversidade incrível, mas 2024 trouxe a descoberta de centenas de novas criaturas. E, considerando que 95% do oceano continua inexplorado, não deveria ser uma surpresa que muitas das mais novas e estranhas criaturas sejam animais marinhos – especialmente das profundezas. Confira abaixo oito das criaturas mais fascinantes que marcaram o ano de 2024

Criatura “alienígena” aparece em praia na Austrália

(Imagem: Reprodução/X)

Um ser longo e cheio de tentáculos gelatinosos foi encontrado na costa da Austrália, intrigando muitos banhistas. Denominados como cracas pescoço de ganso, o “alienígena” encontrado era, na verdade, uma colônia de crustáceos.

Embora se assemelhem a ostras e mariscos, cracas pescoço de ganso são mais próximos de lagostas e caranguejos, usando pernas articuladas para filtrar alimentos da água. Considerados uma iguaria, são muito apreciados em Portugal e na Espanha. 

Lula misteriosa é avistada no fundo do mar 

Imagem: Centro de Pesquisa de Mar Profundo Minderoo-UWA e Inkfish

Câmeras instaladas por pesquisadores na Fossa de Tonga, localizada no sudoeste do Oceano Pacífico, capturaram imagens de uma lula chicote. Esses animais possuem tentáculos semelhantes a um chicote, além de uma barbatana em forma de coração. 

Embora sejam predadores oportunistas em um ambiente extremo, uma análise de DNA revelou que essas lulas consomem cação, sugerindo que podem atacar ativamente espécies pelágicas grandes.

Cientistas encontram criatura desconhecida no Brasil

Imagem: Reprodução/Ribeiro et al., ZooKeys 2024

À primeira vista, este animal poderia se passar tranquilamente por classes como verme, réptil ou anfíbio. Na verdade, ele é um anfisbena, um tipo de réptil sem patas, que não está na família nem das serpentes nem dos lagartos.

A criatura foi encontrada na região norte da Serra do Espinhaço, no sertão da Bahia e, após uma série de testes e exames, os cientistas chegaram à conclusão de que estamos diante de uma nova espécie.

“Bicho espaguete” é encontrado no fundo do mar

Imagem: ROV SuBastian/Schmidt Ocean Institute

Uma missão internacional que busca mapear o fundo do mar resultou na localização de diversas novas espécies. A equipe localizou cerca de 20 criaturas consideradas muito raras, como o “bicho espaguete”.

Esta criatura, que se parece com um amontoado de fios brancos, é um tipo de sifonóforo (invertebrados que lembram vagamente águas-vivas). É a primeira vez que um exemplar foi avistado vivo em seu habitat natural, então seu comportamento ainda é pouco conhecido.

Novas espécies podem ajudar a encontrar vida em Marte

Infiltrações de metano são sinais de vida no fundo do mar. Imagem: ROV SuBastian/Schmidt Ocean Institute

Uma descoberta, feita durante uma expedição na Fossa do Atacama, pode servir como base para futuras missões espaciais em busca de vida extraterrestre. Os pesquisadores descobriram 70 novas espécies de animais – como o porco-do-mar, além de fósseis de braquiópodes, leptoquitões e crinoides, que podem ser descendentes de criaturas do deserto do Atacama, oferecendo pistas sobre a origem da vida na Terra. 

Os cientistas também observaram uma das infiltrações frias mais profundas já registradas, a 2.836 metros, onde bolhas de metano formam-se ao longo do fundo do oceano. Esse fenômeno ocorre em zonas de subducção, áreas de colisão de placas tectônicas.

O metano é vital para os animais de águas profundas, alimentando bactérias em sua dieta. Assim, o estudo pode fornecer insights sobre a vida em Marte e outros planetas.

‘Peixe do fim do mundo’ é visto na Califórnia

Peixe do fim do mundo foi encontrado por mergulhadores na Califórnia. (Imagem: Scripps Institution of Oceanography/X)

Um grupo de mergulhadores se deparou com um raríssimo peixe-remo. Com quase 4 metros de comprimento, o espécime foi encontrado morto, flutuando na superfície da água. O avistamento desses peixes é muito raro, visto que eles vivem entre 200 e 1.000 metros abaixo da superfície dos oceanos.

A espécie é apelidada de “peixe do fim do mundo”, pois são considerados um sinal de mau presságio no folclore japonês, antecedendo desastres naturais como terremotos e tsunamis. Curiosamente, dois dias após a descoberta do peixe-remo na Califórnia, o estado foi atingido por um terremoto de magnitude 4,4.

Peixe raro de 2 metros encalha em praia nos Estados Unidos

peixe-lua (Crédito: Tiffany Boothe/Seaside Aquarium)
Peixe-lua (Crédito: Tiffany Boothe/Seaside Aquarium)

Um espécime de peixe-lua encalhou em uma praia de Oregon, na costa oeste dos Estados Unidos. Inicialmente, o animal foi identificado como um peixe-lua oceânico, o peixe ósseo mais pesado do mundo.  Porém, após análise de biólogos, ele foi reconhecido como peixe-lua-de-capuz, espécie descoberta em 2014. 

Embora fosse considerada exclusiva do hemisfério sul, com registros na Austrália, África do Sul e Chile, sua presença na costa de Oregon sugere que o peixe também poderia habitar o hemisfério norte sem ser notado – confundido com o peixe-lua oceânico.

Objeto fluorescente aparece na Holanda

Imagem da colônia de briozoários
Saco esquisito apareceu pela primeira vez na Holanda (Imagem: Reprodução/AD)

Um grupo de ecologistas encontrou uma espécie de saco gigante laranja e fluorescente em um rio na Holanda. De acordo com os pesquisadores, trata-se de uma colônia de briozoários. Esses invertebrados, com aparência semelhante a corais e esponjas marinhas, coletam alimentos com tentáculos ao redor das bocas. 

Apesar de invertebrados quando “soltos”, as colônias compartilham um esqueleto externo. Isso ocorre quando um coletivo de briozoários encontra um substrato bom, que os protege de predadores e permite a passagem de nutrientes sem muita corrente de água. Eles ‘grudam’ e se reproduzem assexuadamente, criando clones.

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Fonte: https://olhardigital.com.br/2024/12/28/ciencia-e-espaco/de-outro-mundo-as-aparicoes-mais-fascinantes-de-2024/