23 de outubro de 2025
DeepSeek usa chips chineses e lançamento de nova versão da
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Desde que o primeiro chatbot de inteligência artificial do DeepSeek foi lançado, no início deste ano, a startup chinesa entrou efetivamente na corrida global de IA. Com um crescimento expressivo nos últimos meses, a empresa agora tem focado os seus esforços em mercados fora da China.

Um dos exemplos mais claros disso é a África. Com a população que mais cresce no mundo e uma economia digital que deve aumentar para US$ 712 bilhões (cerca de R$ 3,8 trilhões) até 2050, governos e startups africanas têm apostado na ferramenta.

Startups e governos africanos estão adotando a ferramenta chinesa (Imagem: Mojahid Mottakin/Shutterstock)

Aposta de longo prazo de Pequim

Segundo reportagem da Bloomberg, a principal vantagem do DeepSeek é o custo mais baixo de implementação, o que torna a IA acessível para a maioria dos países africanos. Para os governos destas nações, os sistemas de nuvem privada podem ser instalados fisicamente em escritórios e ministérios.

A publicação ainda aponta que, enquanto a OpenAI e outras companhias ocidentais mantém o domínio de todos os processos, as chinesas oferecem modelos de código aberto. Isso significa que startups africanas podem criar novos produtos e serviços de uma forma muito mais barata.

Aposta é no avanço do mercado digital do continente africano (Imagem: Shutterstock AI Generator/Shutterstock)

A aposta da China é no longo prazo. Toda a economia digital da África é avaliada em “apenas” US$ 180 bilhões (cerca de R$ 970 bilhões), mas a expectativa que ela cresce expressivamente nos próximos anos, com a inteligência artificial tendo um papel central neste cenário.

Isso não quer dizer que não haja preocupações. A principal deles diz respeito à privacidade, uma vez que os dados do DeepSeek são armazenados na China. Existe também o risco de depender demais de um único país.

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DeepSeek virou um dos principais concorrentes do ChatGPT (Imagem: Poetra.RH/Shutterstock)

Lançamento do DeepSeek foi um marco

  • A IA do DeepSeek foi projetada para lidar com tarefas complexas de raciocínio e tem apresentado resultados surpreendentes.
  • O grande diferencial é o baixo custo da tecnologia, o que pode ameaçar a posição dominante dos principais players.
  • Para se ter uma ideia, o modelo chinês foi treinado ao custo de aproximadamente US$ 6 milhões, enquanto ferramentas como o Llama 3.1, da Meta, custaram mais de US$ 60 milhões para serem desenvolvidos.
  • A empresa chinesa adota estratégias como o chamado aprendizado por reforço, que permite que os modelos aprendam por tentativa e erro.
  • Além disso, ativa apenas uma fração dos parâmetros do modelo para tarefas específicas, economizando recursos computacionais.
  • E melhora a capacidade dos modelos de processar dados e identificar padrões complexos.
  • A startup ainda adota um modelo parcialmente aberto, permitindo que pesquisadores acessem seus algoritmos.
  • Isso democratiza o acesso à IA avançada e promove maior colaboração na comunidade global de pesquisa.

O post DeepSeek: IA chinesa é sucesso na África apareceu primeiro em Olhar Digital.

Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/10/23/pro/deepseek-ia-chinesa-e-sucesso-na-africa/