Apesar dos enormes avanços atingidos nos últimos anos, ainda conhecemos muito pouco sobre o Universo. Uma prova disso é a mais recente descoberta feita por cientistas da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos.
A equipe anunciou a identificação de um dos planetas mais jovens já avistados. Chamado TIDYE-1b, ele tem apenas 3 milhões de anos de idade, o que significa que é 1.500 vezes mais jovem do que a Terra (que tem 4,5 bilhões de anos).
Planeta foi descoberto analisando interação com sua estrela
- O exoplaneta, definição dada aos mundos fora do Sistema Solar, foi descoberto por meio do método do trânsito.
- Esta técnica consiste na observação da passagem do planeta por sua estrela, diminuindo temporariamente sua luz e revelando-a ao observador.
- Neste caso específico, os astrônomos utilizaram o telescópio Transiting Exoplanet Survey Satellite TESS), da NASA.
- As conclusões foram descritas em um estudo publicado na revista Nature.
Leia mais
- Quase 30% das estrelas podem conter restos de planetas como a Terra
- Vulcões alienígenas? Exoplaneta parece ter atmosfera infernal
- NASA investiga os efeitos das marés no interior de planetas e luas
Descoberta deixou os cientistas intrigados
Diversos planetas mais jovens do que a Terra já foram encontrados no Universo. No entanto, eles tinham entre 10 e 40 milhões de anos de idade, o que torna a descoberta de TIDYE-1b surpreendente.
Além disso, exoplanetas tão jovens costumam estar ocultos por discos de gás e poeira que formam o chamado “disco protoplanetário”. Os cientistas explicam que neste caso, como ele orbita a estrela em um ângulo diferente do disco, se tornou visível, indo contra o que se sabe sobre a formação dos planetas.
A equipe responsável pelo trabalho ainda destaca que o planeta está bem próximo do astro e leva apenas nove dias para completar uma volta em torno dele. Por isso, os pesquisadores acreditam que TIDYE-1b pode se tornar uma “superterra” ou um “subnetuno”, tipos de planetas que não existem no Sistema Solar, mas que parecem ser comuns em nossa galáxia.
A descoberta pode ajudar os cientistas a compreender melhor as etapas iniciais da formação planetária, bem como as características particulares deste processo. Além disso, o mundo jovem é uma evidência de que os planetas podem se formar muito antes do que se pensava.
O post Descoberta de planeta 1.500 vezes mais jovem do que a Terra desafia a ciência apareceu primeiro em Olhar Digital.
Fonte: https://olhardigital.com.br/2024/11/25/ciencia-e-espaco/descoberta-de-planeta-1-500-vezes-mais-jovem-do-que-a-terra-desafia-a-ciencia/