
Larry Ellison, cofundador da Oracle, se tornou a pessoa mais rica do mundo nesta quarta-feira (10). Ele desbancou Elon Musk, dono de empresas como Tesla, SpaceX e X/Twitter, que até então ocupava a liderança.
O salto ocorreu após a divulgação do resultado trimestral da Oracle, na terça-feira (9). A fortuna de Ellison aumentou US$ 101 bilhões (cerca de R$ 546 bilhões), alcançando US$ 393 bilhões (aproximadamente R$ 2 trilhões). Com isso, ele superou o patrimônio de Musk, estimado em US$ 385 bilhões (também perto de R$ 2 trilhões).
Este foi o maior ganho num único dia já registrado pelo índice de bilionários da Bloomberg.
Ellison, Musk, Bezos: a troca de líderes na lista de mais ricos do mundo
Musk assumiu o posto de mais rico do mundo pela primeira vez em 2021, mas perdeu a posição para Jeff Bezos, fundador da Amazon, e depois para Bernard Arnault, que controla o conglomerado de luxo LVMH. Em 2024, o empresário voltou ao topo e permaneceu ali por pouco mais de 300 dias, até ser ultrapassado agora por Ellison.
A disputa entre os bilionários costuma refletir não apenas o desempenho de suas empresas na Bolsa, mas também o humor do mercado em relação a setores estratégicos como carros elétricos, tecnologia de consumo e, mais recentemente, computação em nuvem e inteligência artificial (IA).
Oracle dispara com nuvem e IA
Ellison, de 81 anos, é cofundador da Oracle e hoje ocupa os cargos de presidente e diretor de tecnologia da companhia. A maior parte de sua fortuna está concentrada em ações da gigante de software e banco de dados.
Esses papéis já acumulavam uma valorização de 45% no ano até terça. Na quarta, após a divulgação dos resultados, saltaram mais 41%. A disparada foi impulsionada pela demanda crescente por serviços de computação em nuvem, que têm se tornado essenciais para companhias que disputam espaço na corrida da IA.

No início do pregão, as ações da Oracle chegaram a subir 34,7%, atingindo a máxima histórica de US$ 325,90 – o maior avanço num único dia desde 1992. Minutos depois, o ganho já alcançava 39,18%, com a ação cotada a US$ 336,41.
Contratos bilionários e projeções
No trimestre encerrado em agosto, a Oracle fechou quatro contratos bilionários com três grandes clientes, o que reforça a alta procura por seus serviços de nuvem.
A presidente-executiva Safra Catz disse que a tendência deve se intensificar nos próximos meses. “Esperamos conquistar novos clientes de vários bilhões de dólares, e o RPO [receitas futuras de contratos já firmados] deve ultrapassar meio trilhão de dólares”, afirmou, segundo o G1.
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Efeito dominó no mercado
O otimismo em torno da Oracle também se refletiu em outras empresas ligadas à infraestrutura digital. Fornecedoras de semicondutores para data centers, como Nvidia, Broadcom e AMD, registraram altas entre 2,8% e 4,6% no começo do dia. E a concorrente CoreWeave viu suas ações dispararem 17%.

O movimento mostra como a expectativa de investimentos bilionários em capacidade de computação tem redesenhado o mercado de tecnologia. Companhias como OpenAI e xAI, por exemplo, dependem de infraestrutura robusta e têm elevado os aportes anuais a centenas de bilhões de dólares para manter a competitividade.
Já o desempenho da Oracle especificamente ajuda a explicar por que a fortuna de Larry Ellison disparou. E como, aos 81 anos, ele acaba de assumir o topo da lista dos bilionários globais.
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