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Elon Musk financiou um grupo de campanha misterioso que tentou convencer os eleitores, nos dias finais da eleição presidencial, de que Donald Trump se recusaria a assinar uma proibição nacional ao aborto, conforme mostram novos registros de campanha. As informações são do Washington Post.

Os registros do RBG PAC, grupo aparentemente nomeado em homenagem à falecida juíza da Suprema Corte Ruth Bader Ginsburg, revelam que o fundo “Elon Musk Revocable Trust” doou US$ 20,5 milhões ao grupo poucos dias antes da eleição de 5 de novembro, sendo esse o único doador registrado.

Ginsburg era uma defensora histórica do direito ao aborto, mas sua neta, Clara Spera, criticou o grupo, afirmando que o RGB PAC “não tem conexão com a família Ginsburg” e que sua existência é uma “afronta ao legado” de sua avó.

Musk poderia ter ligação com grupo que luta por direitos reprodutivos de eleitores – Imagem: photosince/Shutterstock

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Trump tem relação controversa com os direitos ao aborto

Em plataformas como YouTube e Facebook, contas com o nome “super PAC” veicularam anúncios mostrando mulheres dizendo que Trump havia prometido não assinar uma lei de proibição ao aborto caso fosse eleito.
Durante a campanha, os democratas contestaram veementemente essa afirmação, argumentando que Trump não poderia ser confiável na proteção dos direitos ao aborto.
Eles citaram as declarações contraditórias de Trump sobre o tema e a nomeação de juízes da Suprema Corte cujos votos ajudaram a derrubar o Roe v. Wade em 2022.

Embora Musk seja um dos maiores doadores e aliados de Trump, seu vínculo com o RGB PAC só foi revelado publicamente quando os registros da Comissão Eleitoral Federal foram divulgados na noite da última quinta-feira (05).