A empresa israelense de spyware Paragon Solutions confirmou que vende produtos para governo dos EUA, segundo o TechCrunch. “A Paragon licencia sua tecnologia para um grupo seleto de democracias globais — principalmente, os Estados Unidos e seus aliados“, disse o presidente executivo da empresa, John Fleming, ao site de tecnologia.
Fleming também frisou o seguinte: “[A Paragon] exige que todos os usuários concordem com termos e condições que proíbem explicitamente o alvo ilícito de jornalistas e outras figuras da sociedade civil. Temos uma política de tolerância zero contra tal perseguição e terminaremos nosso relacionamento com qualquer cliente que viole nossos termos de serviço.”
Paragon é a empresa israelense que o WhatsApp disse ter tentado hackear seus usuários
- Ataque direcionado: A empresa israelense de spyware Paragon Solutions é acusada de tentar hackear cerca de 90 usuários do WhatsApp, incluindo jornalistas e membros da sociedade civil em mais de 20 países;
- Método de ataque: O ataque utilizou um tipo de hack conhecido como “clique zero”, no qual documentos maliciosos eram enviados aos alvos e infectavam seus dispositivos sem necessidade de interação da vítima;
- Resposta do WhatsApp: O WhatsApp respondeu com uma carta de cessar e desistir à Paragon, afirmando que continuará protegendo os dados e a privacidade de seus usuários. O WhatsApp interrompeu o ataque e informou o Citizen Lab sobre os alvos;
- Investigação: A Paragon, que vende tecnologia para governos, é apontada como responsável pelo ataque, mas o WhatsApp não divulgou detalhes sobre como a identificou como responsável pelos ataques em questão;
- Saiba mais nesta matéria do Olhar Digital.
Empresa de spyware de Israel deixa de responder várias perguntas sobre caso envolvendo WhatsApp
O TechCrunch fez diversos questionamentos à Paragon, mas a empresa não os respondeu. Entre eles, estavam:
- Mais detalhes sobre quais são os considerados aliados e democracias pela empresa;
- O que exatamente seus termos de serviço dizem sobre a proibição de perseguir jornalistas e membros da sociedade civil com seu spyware;
- Se a empresa pode e investiga alegações de abuso, como as feitas pelo WhatsApp;
- Se a empresa investiga as alegações do WhatsApp;
- Se a Paragon já cancelou algum contrato por conta de violações deste tipo.
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O Ynetnews publicou, nesta semana, que a Itália é outro cliente da Paragon. Mas essa alegação não tinha sido confirmada até a publicação desta nota.
Já a Wired publicou, em 2024, que a subsidiária estadunidense da Paragon assinou um contrato de US$ 2 milhões (aproximadamente R$ 11,6 milhões) com o Departamento de Imigração e Fiscalização de Aduanas dos EUA. Na época, a empresa israelense não comentou sobre o assunto.
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Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/02/05/seguranca/empresa-israelense-de-spyware-confirma-eua-como-principal-cliente-diz-site/