A Meta, controladora do WhatsApp, foi acusada de violar sistematicamente as regulamentações de segurança cibernética dos Estados Unidos. O processo foi apresentado por um ex-executivo da empresa e será analisado por um tribunal federal em San Francisco.
Na ação, Attaullah Baig afirma que aproximadamente 1.500 engenheiros tinham acesso irrestrito aos dados de usuários da plataforma sem supervisão adequada. Ele ainda diz ter sido punido por relatar as falhas.
Mark Zuckerberg teria sido avisado do problema
- Segundo reportagem do The New York Times, Baig atuou como chefe de segurança do WhatsApp de 2021 a 2025.
- Ele alega que a Meta falhou em implementar medidas básicas de segurança cibernética, incluindo recursos adequados de tratamento de dados e detecção de violações.
- De acordo com a denúncia de 115 páginas, o ex-executivo descobriu, por meio de testes de segurança interna, que os engenheiros podiam “mover ou roubar dados do usuário sem detecção ou trilha de auditoria”.
- Isso incluía informações de contato, endereços IP e fotos de perfil.
- Ele ainda destaca que procurou os seus superiores para relatar os problemas, incluindo o chefe do WhatsApp, Will Cathcart, e o CEO da Meta, Mark Zuckerberg.
- O profissional diz ter passado a receber avaliações negativas de desempenho e advertências verbais após a denúncia.
- Baig acabou sendo demitido em fevereiro deste ano por “mau desempenho”, o que ele alega ter sido parte da punição por alertar sobre as falhas de segurança.
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Empresa nega todas as acusações
O processo também aponta que a Meta bloqueou a implementação de recursos de segurança destinados a lidar com invasões de contas que afetam cerca de 100 mil usuários do WhatsApp diariamente, optando por priorizar o crescimento de usuários. A Meta contestou as alegações.
Infelizmente, este é um manual conhecido em que um ex-funcionário é demitido por mau desempenho e depois torna públicas alegações distorcidas que deturpam o trabalho árduo contínuo da nossa equipe. A segurança é um espaço adverso, e nos orgulhamos de consolidar nosso sólido histórico de proteção da privacidade das pessoas.
Carl Woog, vice-presidente de comunicações do WhatsApp
A empresa ainda disse que Baig foi demitido devido ao baixo desempenho, com vários engenheiros seniores validando de forma independente que seu trabalho estava abaixo das expectativas. A Meta também observou que a Administração de Segurança e Saúde Ocupacional do Departamento do Trabalho rejeitou a reclamação inicial do funcionário, concluindo que não houve retaliação.
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Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/09/09/seguranca/engenheiros-teriam-acesso-a-dados-de-usuarios-do-whatsapp-diz-ex-executivo/
