A ossada de um lince que morreu há cerca de 1500 anos foi encontrada enterrada junto de dois casais de cachorros na Hungria. A descoberta deixou os arqueólogos confusos, visto que vestígios desses animais são raramente encontrados em sítios arqueológicos, principalmente dessa forma.
- A sepultura dos animais foi encontrada no Zamárdi-Kútvölgyi-dűlő, um sítio no centro-oeste da Hungria;
- O poço onde eles foram enterrados possui cerca de 1,4 metros de profundidade, com o lince no fundo, e os cães em camadas acima do felino;
- O enterro data de algum período entre o século 5 e 6, no início da Idade Média e pouco depois da queda do Império Romano Ocidental.
A descoberta do lince é estranha
O lince é um animal encontrado em todo o Hemisfério Norte, apesar de atualmente ele estar praticamente extinto da Europa, devido à invasão humana nos seus habitats florestais. Geralmente esse animal se alimenta de pequenos mamíferos e aves, mas sua carne geralmente não é consumida por humanos, fazendo com que seus esqueletos sejam dificilmente encontrados em sítios arqueológicos. De acordo com Lászlo Bartosiewicz, em resposta ao LiveScience, geralmente o que é encontrado em sepulturas são garras ou restos de peles.
Além disso, vestígios anteriormente encontrados no sítio arqueológico sugerem que as pessoas que viviam na região sobreviviam provavelmente de alimentos cultivados e animais domesticados e não da caça selvagem. Assim, a descoberta, descrita no International Journal of Osteoarchaeology, deixou os pesquisadores confusos.
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Os arqueólogos apontam duas hipóteses que podem justificar a cova com os animais, uma é de que o enterro é a consequência de um confronto mortal entre os cães e o lince. A outra é de que o sepultamento foi proposital com um significado ritualístico.
Os pesquisadores apontam ser difícil resumir o achado em uma interpretação, visto que não se conhece o contexto etnográfico da população que vivia no local, apesar de existirem indícios que favorecem os dois lados.
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Fonte: https://olhardigital.com.br/2024/04/09/ciencia-e-espaco/esqueleto-de-lince-milenar-e-encontrado-enterrado-com-mais-quatro-cachorros/