A Estação Espacial Internacional (ISS) realizou uma manobra em novembro para desviar de um pedaço de lixo espacial que causa problemas para a nave há quase 18 anos. O detrito é resto de um satélite chinês destruído pelo próprio país em 2007 como um teste de arma antissatélite.
O teste já foi, o satélite foi aniquilado, a arma esquecida, mas o lixo espacial segue presente na órbita baixa. Isso deve se tornar um problema cada vez maior com o aumento exponencial do número de satélites lançados a cada ano.
Aliás, o acionamento dos propulsores em novembro foi a segunda manobra evasiva da estação em apenas seis dias, esse é o menor intervalo já registrado entre tais ações em toda a história da ISS.
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Estação Espacial desvia de satélite
De acordo com o The Washington Post, os detritos que a ISS desviou são do antigo Fengyun 1C, um satélite meteorológico que o governo chinês destruiu intencionalmente com um míssil em 2007. A ação gerou mais de 3 mil detritos em órbita baixa.
Eles estão descendo a cada passagem e um dia devem queimar na atmosfera da Terra. A questão é o tempo que isso vai demorar para acontecer. Especialistas apontam que serão necessários 100 anos para que os restos do satélite sumam.
No total, a ISS já desviou dos pedaços do Fengyun 1C cinco vezes, sendo a primeira no começo de 2012 e a última em 25 de novembro. Esse tipo de manobra tem se tornado cada vez mais comum, atualmente a NASA realiza cerca de cinco por ano, em comparação com a média de pouco mais de uma por ano na década passada.
Em nota, a NASA informou que as manobras são totalmente seguras e que os astronautas não correram risco em nenhum momento. A agência disse ainda que a ISS é “a nave espacial mais fortemente blindada já voada”.
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Fonte: https://olhardigital.com.br/2024/12/24/ciencia-e-espaco/estacao-espacial-evita-colisao-com-satelite-destruido-por-arma-da-china/