19 de março de 2025
EUA divulgam documentos sigilosos sobre assassinato de John F. Kennedy;
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O governo dos Estados Unidos publicou, nesta terça-feira (18), um conjunto de documentos referentes ao assassinato do ex-presidente John F. Kennedy.

Segundo o presidente Donald Trump, cerca de 80 mil páginas relacionadas ao caso foram liberadas, estando disponíveis para consulta no site dos Arquivos Nacionais dos EUA (os registros estão em inglês).

Como surgiu a ideia de liberar documentos sobre o assassinato de Kennedy

  • Em janeiro, Trump anunciou o fim do sigilo sobre as investigações do atentado ocorrido em 22 de novembro de 1963, quando Kennedy foi baleado enquanto sua comitiva transitava pelo centro de Dallas, Texas (EUA);
  • O assassinato de JFK continua sendo motivo de fascínio e origem de inúmeras teorias conspiratórias no país. Oficialmente, o crime é atribuído a Lee Harvey Oswald, que teria agido sozinho;
  • Apesar de o Departamento de Justiça (DOJ, na sigla em inglês) e outras agências federais terem confirmado essa conclusão ao longo dos anos, pesquisas indicam que muitos estadunidenses acreditam em conspiração mais ampla envolvendo o caso;
  • Especialistas não esperam que a divulgação dos novos documentos modifique os fatos essenciais: Oswald teria disparado contra Kennedy a partir de uma janela de um depósito de livros escolares, enquanto o comboio presidencial passava pela Dealey Plaza, em Dallas.

Quem espera revelações bombásticas, provavelmente, ficará desapontado”, afirmou Larry Sabato, diretor do Centro de Política da Universidade da Virgínia e autor de um livro sobre o assunto. De acordo com o g1, ele acrescentou que parte dos documentos pode corresponder a materiais já divulgados anteriormente, apenas com determinadas palavras censuradas.

Além disso, Trump prometeu que, em breve, serão liberados arquivos relacionados às investigações dos assassinatos do senador Robert F. Kennedy e do ativista Martin Luther King Jr.

Para acessar os arquivos secretos acerca da morte de John F. Kennedy, clique aqui.

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Assassinato de Kennedy

Seis dias após o atentado, o então presidente Lyndon B. Johnson, que assumiu o cargo, instituiu a Comissão Warren para investigar o caso e fornecer resposta definitiva ao público. Na época, a pressão popular era intensa, especialmente depois que Lee Harvey Oswald – principal suspeito – foi morto a tiros, dois dias após o atentado, diante das câmeras de TV.

A Comissão Warren concluiu que Kennedy foi assassinado por Oswald, que teria agido sozinho, e que este foi, posteriormente, morto por Jack Ruby, dono de uma boate com supostas ligações com a máfia, também sem cúmplices.

Um dos pontos centrais da investigação foi a chamada “teoria da bala única”. Segundo essa hipótese, o primeiro disparo atingiu a nuca de Kennedy, atravessando sua garganta, e, em seguida, a mesma bala teria ferido o governador do Texas, John Connally.

O relatório final apontou que todos os disparos foram efetuados por Oswald do sexto andar de um depósito de livros escolares na Elm Street, que estava vazio devido a reformas.

Entre os registros analisados, o mais emblemático foi o “Filme de Zapruder” – gravação colorida de cerca de 30 segundos feita pelo cinegrafista amador Abraham Zapruder –, considerado o registro mais nítido do assassinato, embora não seja o único.

A Comissão recebeu o nome em homenagem a Earl Warren, então presidente da Suprema Corte dos EUA, e contou com participação de senadores e deputados (um republicano e um democrata de cada Casa do Congresso), além do ex-diretor da CIA, Allen Dulles, e do alto funcionário John McCloy.

Outras investigações, conduzidas por comissões governamentais e legislativas nas décadas seguintes, chegaram a questionar algumas conclusões do relatório original.

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Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/03/18/pro/eua-divulgam-documentos-sigilosos-sobre-assassinato-de-john-f-kennedy-saiba-onde-acessar/