Os Estados Unidos decidiram adiar a implementação de um acordo tecnológico avaliado em US$ 40 bilhões com o Reino Unido, segundo autoridades dos dois países, após o surgimento de preocupações em Washington sobre a postura britânica em relação à regulamentação digital e aos padrões de segurança alimentar.
Batizado de Acordo de Prosperidade Tecnológica, o pacto foi anunciado durante a visita de Estado do presidente Donald Trump ao Reino Unido, em setembro, como um símbolo do fortalecimento dos laços bilaterais e da cooperação em áreas estratégicas como inteligência artificial, computação quântica e energia nuclear civil.
Regulamentação digital trava avanço do acordo
- De acordo com o New York Times, autoridades americanas demonstraram frustração com as regras britânicas de segurança online, o imposto sobre serviços digitais e restrições relacionadas à segurança alimentar.
- Embora o Reino Unido tenha sido o primeiro país a concordar, em princípio, com a redução de algumas tarifas dos EUA em maio, a aplicação prática dessas medidas avançou lentamente.
- Negociações em setores como o siderúrgico seguem paralisadas, apesar de um acordo-quadro na área farmacêutica ter sido firmado neste mês.
- Ministros britânicos sustentam que a ampliação das exportações de carne bovina dos EUA não compromete os padrões nacionais e reforçam que impostos e regulações digitais não estão em negociação.
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Relação segue forte, dizem autoridades britânicas
Um porta-voz do primeiro-ministro Keir Starmer afirmou que as conversas continuam e descreveu o processo como “complexo e demorado”, ressaltando que é natural que cada país priorize seus próprios interesses. Segundo ele, a relação com Washington permanece sólida.
No escopo do acordo, empresas como Microsoft, Google, Nvidia e OpenAI prometeram investir dezenas de bilhões de dólares no Reino Unido.
Os EUA são o maior parceiro comercial britânico, e o secretário de Comércio, Peter Kyle, esteve recentemente em Washington para tentar destravar as negociações, que devem continuar em janeiro.

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