
O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (HHS, na sigla em inglês) relatou, no domingo (24), o primeiro caso humano no país de bicheira-do-Novo-Mundo, também conhecida como mosca-da-bicheira.
A condição é causada pelo parasita Cochliomyia hominivorax, que se alimenta da pele e dos tecidos de mamíferos, incluindo humanos, durante sua fase larval.
O caso foi investigado pelo Departamento de Saúde de Maryland e pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), que confirmaram o diagnóstico em um paciente que havia retornado de uma viagem a El Salvador.
Como é o “ataque” da mosca-da-bicheira
- Segundo a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês), as moscas fêmeas são atraídas por feridas abertas e depositam, em média, 343 ovos nas bordas do machucado;
- As larvas surgem entre 12 e 24 horas depois e, imediatamente, começam a perfurar e se alimentar da carne do hospedeiro;
- Se não tratada, a infestação pode ser fatal;
- O Serviço de Inspeção de Saúde Animal e Vegetal, do Departamento de Agricultura dos EUA, informa que a bicheira-do-Novo-Mundo é endêmica em Cuba, Haiti, República Dominicana e em alguns países da América do Sul;
- Em 2023, mais de 6,5 mil casos foram registrados no Panamá. Desde então, a doença também foi detectada na Costa Rica, Nicarágua, Honduras, Guatemala, Belize, El Salvador e México.

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Sintomas
De acordo com o CDC, a infestação pode provocar sintomas dolorosos, incluindo:
- Feridas que não cicatrizam;
- Sangramento em lesões abertas;
- Sensação de movimento das larvas dentro das feridas;
- Odor forte no local da infestação.
A detecção da doença é realizada por meio da avaliação clínica dos sintomas e da presença das larvas. O histórico de viagens para regiões endêmicas auxilia na identificação do parasita.

Tratamento e prevenção
O tratamento consiste na remoção das larvas, que pode ser realizada com ou sem cirurgia. O CDC alerta que não é recomendado tentar retirar ou descartar as larvas sem acompanhamento médico.
A prevenção é considerada b para evitar a infestação. As medidas incluem o uso de repelentes, a higienização e proteção de feridas abertas, além da utilização de telas mosquiteiras em áreas de risco.
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