
Os incêndios florestais que atingem a Europa já consumiram uma extensão de 2,5 mil km² maior que o mesmo período de 2024. Apenas este ano, foram registrados 1,6 mil focos de queimadas no continente — no ano passado, foram menos de 1,1 mil no mesmo período.
Algumas regiões têm sofrido mais do que outras, como é o caso da Espanha, que teve mais que o dobro de área queimada em comparação com a média de 2006 a 2024. A onda de calor que ainda atinge o país elevou as temperaturas para 45 °C no fim de semana.
Uma das regiões mais preocupantes é a Galícia, onde as chamas avançaram com velocidade impressionante — moradores tiveram que encontrar maneiras de impedir o avanço sobre as casas antes da chegada dos brigadistas.
Os dados são computados por meio do Copernicus, o serviço climático da União Europeia (UE), e compilados pelo Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS, na sigla em inglês).
Europa em chamas
- Em Portugal, o fogo já consumiu uma área de 2,3 mil km², o que exigiu do governo um pedido de ajuda à UE pelo envio de mais brigadistas;
- As autoridades confirmaram duas mortes em solo português e quatro na Espanha;
- Em todo o continente, as chamas se espalharam por uma extensão de mais de 8,9 mil km² — quatro vezes mais que o dano causado pelas queimadas no mesmo período em 2024;
- A primavera relativamente chuvosa contribuiu para o crescimento da vegetação por boa parte do sul da Europa, o que tornou mais fácil o início das queimadas em um verão seco, como explica reportagem da DW.

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Prejuízo financeiro
Por ano, o deslocamento de moradores em função das queimadas gera prejuízo de 2,5 bilhões de euros (cerca de R$ 16 bilhões), segundo a Agência Europeia do Ambiente. De 2008 a 2023, uma média de 45 mil pessoas foram deslocadas por causa dos incêndios.
Em 2024, a entidade defendeu a criação de um plano específico para lidar com as temporadas de fogo, traçando estratégias para a população, infraestrutura e biodiversidade, especialmente no sul da Europa, de acordo com a reportagem.
As mudanças climáticas têm tornado mais difícil prever a duração dos incêndios, além de contribuir para ventos mais velozes e voláteis em verões cada vez mais secos e quentes — e as autoridades podem não conseguir prever o comportamento das chamas.

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Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/08/22/pro/europa-vive-uma-das-piores-temporadas-de-incendios-florestais/