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Ilya Sutskever, cofundador e ex-cientista chefe da OpenAI, ganhou destaque no início de 2024 ao anunciar a criação de seu próprio laboratório de IA, a Safe Superintelligence Inc.

Após sua saída, ele manteve um perfil discreto, mas fez uma rara aparição pública na Conferência NeurIPS, em Vancouver, onde compartilhou suas previsões sobre o futuro do desenvolvimento de IA.

Sutskever afirmou que o pré-treinamento dos modelos de IA, como é realizado atualmente, chegará ao fim.

Ele explicou que a internet, assim como os combustíveis fósseis, possui uma quantidade finita de dados gerados por humanos, e que, eventualmente, será necessário lidar com os dados disponíveis de maneira mais eficiente. “Atingimos o pico de dados e não haverá mais”, disse ele.

Agentes autônomos de IA devem dominar o ramo

O futuro, segundo Sutskever, será marcado por modelos de IA de próxima geração que atuarão como “agentes autônomos”.
Esses agentes serão capazes de realizar tarefas, tomar decisões e interagir de maneira mais autônoma com o ambiente digital.
Além disso, esses sistemas terão a capacidade de raciocinar de forma mais complexa, resolvendo problemas passo a passo, de forma semelhante ao pensamento humano, em contraste com a IA atual, que se baseia principalmente em correspondência de padrões.

Sutskever era um dos nomes fortes da OpenAI, e depois de sua saída, fundou sua própria empresa do ramo – Imagem: Poetra.RH / Shutterstock

Sutskever também previu que, à medida que a IA se torne mais avançada e racional, ela se tornará mais imprevisível. Ele comparou a imprevisibilidade desses sistemas à maneira como as IAs avançadas que jogam xadrez surpreendem até os melhores jogadores humanos.

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Em sua palestra, ele fez uma analogia entre o dimensionamento de sistemas de IA e a biologia evolutiva, sugerindo que, assim como a evolução levou os hominídeos a desenvolver um padrão de dimensionamento cerebral único, a IA pode descobrir novas abordagens para seu crescimento.

Ao final de sua apresentação, um membro da plateia perguntou a Sutskever sobre como os pesquisadores poderiam garantir que a IA fosse criada para respeitar as liberdades humanas, algo comparável aos direitos dos humanos.

Sutskever admitiu que essa questão exigiria uma reflexão profunda e uma estrutura de governança robusta, mas expressou sua hesitação em dar uma resposta definitiva.

Ele sugeriu que, no futuro, IAs que apenas desejam coexistir e ter direitos poderiam ser uma possibilidade, embora o cenário fosse extremamente imprevisível.

A conversa ainda incluiu uma menção ao uso de criptomoeda como uma possível solução, algo que Sutskever não se sentiu confortável em comentar diretamente, mas deixou espaço para especulações.