15 de agosto de 2025
Gatos podem ajudar a encontrar tratamentos para o Alzheimer; entenda
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O Alzheimer é considerado a forma de demência mais comum do mundo. Em todo o planeta, estima-se que mais de 55 milhões de pessoas vivam com a doença neurodegenerativa caracterizada pela perda gradual de funções cognitivas, como memória, linguagem e raciocínio.

Apesar de todos os avanços da medicina, diagnosticar esta condição de forma precoce ainda é um grande desafio. Mas, segundo pesquisadores da Universidade de Edimburgo, na Escócia, os gatos podem ser a solução.

Alzheimer é a forma de demência mais comum do mundo (Imagem: Lightspring/Shutterstock)

Gatos com sintomas de demência foram analisados

  • Um estudo publicado nesta semana no European Journal of Neuroscience analisou o cérebro de 25 gatos que apresentaram sintomas de demência em vida.
  • Os cientistas identificaram o acúmulo de beta-amiloide, uma das características definidoras do Alzheimer em humanos.
  • Isso significa que os felinos desenvolvem a doença de forma semelhante ao que acontece nas pessoas.
  • Dessa forma, as descobertas podem ajudar a entender melhor esta condição.
  • Futuramente, isso pode abrir novas possibilidades de tratamentos promissores contra o Alzheimer.

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Gatos filhotes encostando em sua mãe se roçando.
Gatos podem ajudar os cientistas a entender melhor como se desenvolve a doença (Imagem: Jimmy Gunawan/Shutterstock)

Semelhanças entre a doença em gatos e humanos

Durante o trabalho, pesquisadores usaram imagens de microscopia para identificar o acúmulo de beta-amiloide nas sinapses, junções entre as células cerebrais, dos gatos analisados. As sinapses permitem a passagem de mensagens entre as células cerebrais, e a perda delas causa redução da memória e das habilidades de raciocínio em humanos com Alzheimer.

A equipe responsável pelo estudo ainda encontrou evidências de que células de suporte do cérebro, chamadas astrócitos e microglia, englobaram as sinapses afetadas. Esse processo, conhecido como poda sináptica, é importante durante o desenvolvimento cerebral, mas também contribui para a demência.

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Descobertas podem ajudar a criar tratamentos mais eficazes contra a condição (Imagem: Roman Bodnarchuk/Shuttersotck)

Anteriormente, roedores geneticamente modificados haviam sido analisados. O problema é que estes animais não desenvolvem demência naturalmente. Segundo os cientistas, como os gatos desenvolvem naturalmente essas alterações cerebrais, eles podem oferecer um modelo da doença mais preciso do que os animais de laboratório tradicionais.

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Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/08/15/medicina-e-saude/gatos-podem-ajudar-a-encontrar-tratamentos-para-o-alzheimer-entenda/