27 de novembro de 2025
China lança visto K para atrair talentos globais da tecnologia
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O Pentágono concluiu que Alibaba, Baidu e BYD devem entrar na lista de empresas ligadas às forças armadas chinesas, segundo a Reuters.

A decisão, comunicada ao Congresso dos EUA, funciona como um alerta para companhias que mantêm negócios com o país asiático.

Relatório do Pentágono sobre Alibaba, Baidu e BYD reforça advertência a companhias que mantêm negócios com o mercado chinês. Imagem: Touch Of Light / Wikimedia Commons

Anuncio agita o mercado global

A possível inclusão das três gigantes na lista 1260H agitou o ambiente político e tecnológico mundial. O relatório afirma que elas, junto a outras cinco empresas chinesas, “merecem ser incluídas”, conforme escreveu o vice-secretário de Defesa Stephen Feinberg em carta enviada aos parlamentares.

Embora a designação não leve a sanções imediatas, o gesto tende a mexer com a percepção de parceiros americanos.

A ação chamou ainda mais atenção por acontecer poucas semanas antes de Donald Trump e Xi Jinping discutirem uma trégua comercial, o que ampliou o debate sobre os efeitos dessa decisão no ecossistema tecnológico entre EUA e China.

Tomada antes das negociações entre Trump e Xi, a medida elevou o debate sobre consequências para a tecnologia nos dois países.
Tomada antes das negociações entre Trump e Xi, a medida elevou o debate sobre consequências para a tecnologia nos dois países. Imagem: Dilok Klaisataporn/iStock

Por que isso importa?

A lista 1260H já reúne 134 empresas consideradas ligadas às forças armadas chinesas. Entrar nela não implica bloqueio automático, mas costuma pesar na forma como a empresa é vista — especialmente por companhias dos Estados Unidos com presença na China.

Para entender melhor o contexto, vale lembrar o que significa essa designação:

  • indica empresas com suposta ligação com iniciativas de defesa chinesas;
  • serve como aviso a investidores e órgãos governamentais dos EUA;
  • pode influenciar parcerias estratégicas e contratos internacionais;
  • reforça a vigilância sobre setores de tecnologia e semicondutores;
  • gera pressão diplomática entre China e Estados Unidos.
A empresa negou participação em estratégias militares e minimizou efeitos nos EUA, enquanto Baidu, BYD e o Pentágono seguem em silêncio.
A empresa negou participação em estratégias militares e minimizou efeitos nos EUA, enquanto Baidu, BYD e o Pentágono seguem em silêncio. Imagem: BigTunaOnline/Shutterstock

Como as empresas reagiram

O Alibaba respondeu oficialmente. Em nota enviada à Reuters, a empresa afirmou que “não há base para concluir que o Alibaba deva ser incluído na lista da Seção 1260H”, destacando ainda que “não é uma empresa militar chinesa nem faz parte de qualquer estratégia de fusão militar-civil”. A companhia também declarou que, mesmo se fosse incluída, isso não afetaria suas operações nos EUA.

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Já Baidu, BYD e o próprio Pentágono ainda não se posicionaram.

O próximo passo é acompanhar a publicação oficial da lista atualizada para confirmar se as empresas foram efetivamente incluídas.

O post Gigantes chinesas entram no radar do Pentágono e levantam alerta global apareceu primeiro em Olhar Digital.

Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/11/27/pro/gigantes-chinesas-entram-no-radar-do-pentagono-e-levantam-alerta-global/