Em novos desdobramentos da batalha judicial da União Europeia contra o Google, as autoridades antitruste locais estão avaliando a possibilidade de exigir que o Google, da Alphabet, encerre práticas anticompetitivas em seu setor de adtech, mas não planejam ordenar uma separação, como anteriormente advertido, segundo a Reuters.
A decisão da União Europeia deve resultar em uma multa significativa nos próximos meses, após a comissária antitruste Margrethe Vestager ter sugerido no ano passado a possibilidade de dividir o lucrativo negócio de adtech do Google.
Se essa separação fosse implementada, seria um marco, representando a penalidade regulatória mais severa já aplicada ao Google, que tem sido acusado por Vestager de favorecer seus próprios serviços publicitários.
Contudo, devido à complexidade do caso, as autoridades de concorrência provavelmente não irão ordenar a separação neste momento. Essa medida poderia ser considerada mais adiante se o Google persistir em suas práticas anticompetitivas, lembrando um precedente estabelecido há duas décadas com a Microsoft.
Comissão Europeia ainda não tomou decisão definitiva
- A decisão da Comissão Europeia pode ainda evoluir, conforme as fontes mencionaram.
- Embora seja improvável que uma decisão final ocorra antes da saída de Vestager em novembro, ainda é teoricamente possível.
- Tanto a Comissão quanto o Google, que já acumulou 8,25 bilhões de euros (US$ 9,14 bilhões) em multas antitruste na última década, não comentaram sobre o assunto.
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Em 2023, a receita publicitária do Google, que abrange serviços como busca, Gmail, Google Play, Google Maps, YouTube, Google Ad Manager, AdMob e AdSense, atingiu US$ 237,85 bilhões, representando 77% da receita total da empresa, consolidando sua posição como líder global em publicidade digital.
Vestager indicou que o Google poderia ser forçado a vender suas ferramentas de venda DFP e sua bolsa de anúncios AdX devido a conflitos de interesse, já que também possui plataformas de compra de anúncios como Google Ads e DV360, que participam dos leilões.
Ela alegou que, desde 2014, a empresa tem favorecido ilegalmente sua própria bolsa de anúncios AdX em leilões, abusando de sua posição dominante.
Atualmente, o Google enfrenta um processo antitruste do Departamento de Justiça dos EUA, que acusa a empresa de tentar monopolizar mercados de servidores de anúncios para editores e redes de anúncios para anunciantes, além de buscar dominar o mercado de bolsas de anúncios intermediárias.
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Fonte: https://olhardigital.com.br/2024/09/18/pro/google-deve-continuar-inteiro-na-uniao-europeia-por-enquanto/