4 de fevereiro de 2025
Google entra na mira da China após Trump anunciar tarifas
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A China anunciou, nesta terça-feira (04), que investiga se o Google violou leis antitruste. O anúncio não é à toa. As novas tarifas contra o país asiático anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no fim de semana entram em vigor nesta terça.

A investigação sobre o Google integra pacote de medidas da China para retaliar as novas tarifas impostas por Trump contra o país asiático, México e Canadá. No caso do país governado por Xi Jinping, as tarifas impõem sobretaxas de 10% em cima dos produtos exportados para os EUA.

A retaliação – que envolve taxação e sanções por parte da China – deve entrar em vigor no dia 10 de fevereiro. Mas a investigação sobre o Google já começou.

China investiga o Google após suspeitar que big tech violou Lei Antitruste (e Trump impor novas tarifas)

A Administração Geral de Supervisão do Mercado da China passou a investigar o Google “de acordo com a lei” após suspeitar que a big tech estadunidense tinha violado a Lei Antitruste do país, segundo comunicado repercutido pela AFP. Mas a administração não detalhou suas acusações.

Desdobramento de guerra comercial entre EUA e China coloca Google na mira de investigação antitruste do país asiático (Imagem: Rokas Tenys/Shutterstock)

Outras medidas anunciadas pela China para retaliar as tarifas de Trump foram, segundo o jornal Washington Post:

  • Tarifa de 15% sobre carvão e gás natural liquefeito (GNL);
  • Tarifas de 10% sobre petróleo bruto, maquinário agrícola e alguns veículos;
  • Restrições à exportação de materiais como tungstênio.

O país asiático também anunciou, nesta terça, que adicionaria o grupo de moda estadunidense PVH Corp. (dono da Tommy Hilfiger e Calvin Klein) e o gigante de biotecnologia Illumina à lista de “entidades não confiáveis“. Na prática, isso significa sanções a essas empresas.

  • A medida visa “proteger a soberania nacional, segurança e interesses de desenvolvimento, de acordo com as leis relevantes”, informou o Ministério do Comércio da China, em comunicado;
  • A pasta acrescentou: “As duas entidades acima violam os princípios de transações comerciais normais, interrompem transações normais com empresas chinesas e adotam medidas discriminatórias contra empresas chinesas.”

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Contexto das medidas anunciadas pela China

Confira abaixo o que você precisa saber para contextualizar a retaliação da China às medidas anunciadas recentemente pelos EUA.

Montagem sobre Guerra dos Chips com bandeiras da China e dos Estados Unidos
Novas tarifas de Trump contra China são mais um capítulo da guerra comercial entre as duas potências (Imagem: Quality Stock Arts/Shutterstock)

Sobre a investigação antitruste sobre o Google e demais medidas

  • Trump anunciou, no sábado (1º), tarifas contra China, Canadá e México que entrariam em vigor nesta terça. Na segunda-feira (03), suspendeu a taxação de produtos canadenses e mexicanos (saiba mais nesta matéria do Olhar Digital);
  • Quando anunciou as tarifas, o republicano disse que o objetivo era punir os países em questão por não conseguirem interromper o fluxo de migrantes ilegais e drogas, incluindo o fentanil, para os EUA.

Sobre a inclusão da PVH à lista de “entidades não confiáveis”

  • Em setembro, a China anunciou que investigava a PVH por boicote “irracional” ao algodão da região de Xinjiang;
  • Na região em questão, Pequim é acusada de graves violações de direitos humanos.

O post Google entra na mira da China após Trump anunciar tarifas contra o país apareceu primeiro em Olhar Digital.

Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/02/04/pro/google-entra-na-mira-da-china-apos-trump-anunciar-tarifas-contra-o-pais/