
Talvez você já tenha ouvido falar da computação quântica, que permite que problemas, que, em supercomputadores tradicionais, levariam anos e séculos para serem resolvidos, sejam solucionados em minutos. Um exemplo é a China, que anunciou, em março, seu próprio chip quântico. Nessa linha, o Google acaba de desenvolver sua própria versão, batizada de Willow.
Em laboratório secreto na Califórnia (EUA), cientistas estão desenvolvendo a próxima revolução tecnológica que pode dar empurrão sem precedentes à inteligência artificial (IA).
O Willow é um chip que utiliza a computação quântica para resolver problemas complexos de maneira muito mais rápida do que os computadores tradicionais. Ele pode processar grandes quantidades de dados de forma eficiente e com menos erros, abrindo novas possibilidades para a IA.
Além disso, essa inovação pode trazer benefícios significativos para várias áreas, como medicina, ciência e indústria. Se o Willow alcançar seu potencial, ele poderá acelerar descobertas científicas e criar soluções para problemas que hoje parecem intransponíveis.
Willow: chave do Google para o futuro da IA
- O Willow pode ser a oportunidade que o Google precisa para liderar a próxima era tecnológica;
- Ele não só abre caminho para avanços na computação quântica, como, também, permite transformar pesquisas em oportunidades comerciais, especialmente à medida que a IA enfrenta escassez de dados de alta qualidade;
- Com a limitação de dados para treinar modelos de IA, a computação quântica oferece uma solução: gerar novos e dados inéditos;
- A tecnologia pode criar informações essenciais para impulsionar o progresso da IA, algo que é cada vez mais necessário para o desenvolvimento de modelos mais precisos e eficazes.
O Google vê nisso uma vantagem estratégica. Ao superar a barreira de dados, a tecnologia pode acelerar o desenvolvimento de IA mais avançada e colocar a empresa na vanguarda da revolução digital, conforme reportado pela CNBC.
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Computação quântica pode acelerar descobertas científicas
O Willow tem o potencial de transformar áreas, como a biotecnologia, como demonstrado pelo AlphaFold, modelo de IA que ajudou a mapear estruturas de proteínas. Criado pelo Google DeepMind, o AlphaFold foi premiado com o Nobel de Química de 2024.
Além disso, a computação quântica pode facilitar simulações e experimentos que, de outra forma, seriam inviáveis com a tecnologia atual. Ao permitir o processamento de variáveis extremamente complexas em tempo real, ela pode acelerar o desenvolvimento de novos medicamentos ou, até mesmo, prever comportamentos em sistemas naturais, como a dinâmica das proteínas no corpo humano.
Embora o Willow ainda esteja em estágios iniciais, o Google acredita que, em cinco anos, a computação quântica pode se tornar a solução prática para problemas científicos que os computadores clássicos não conseguem resolver. Para isso, a gigante do Vale do Silício precisará transformar essa inovação em oportunidade comercial significativa.

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