24 de novembro de 2024
Google polui 50% mais na era Gemini, diz relatório
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As emissões de gases de efeito estufa do Google aumentaram quase 50% nos últimos cinco anos. E esse crescimento ocorreu por conta do uso de data centers, necessários para fazer a inteligência artificial (IA) da big tech rodar. O problema: esses data centers devoram energia para alimentar IA.

Relatório do Google revela aumento de emissões de gases poluentes por conta de IA

  • O Relatório Ambiental de 2024 do Google revelou um aumento de quase 50% nas emissões de gases de efeito estufa nos últimos cinco anos, impulsionado principalmente pelo consumo energético dos data centers da big tech, essenciais para operar a inteligência artificial (IA) da empresa;
  • Em 2023, o Google emitiu 14,3 milhões de toneladas de dióxido de carbono, crescimento de 13% em relação a 2022. Além disso, o número equivale às emissões anuais de 38 usinas termelétricas a gás;
  • A demanda energética dos data centers do Google, que representam até 10% do consumo global de energia por data centers, aumentou 17% em 2023. Esta demanda é a maior contribuinte para o aumento das emissões da big tech, segundo o relatório;
  • Para atingir seu objetivo de reduzir pela metade suas emissões de gases poluentes até 2030, o Google está focado em tornar seus modelos de IA, hardware e data centers mais eficientes em termos energéticos. E planeja operar com energia livre de poluição por carbono 24 horas por dia em todas as redes elétricas às quais está conectado até 2030.

O aumento nas emissões de gases poluentes e a justificativa para ele constam no Relatório Ambiental de 2024 do Google, divulgado na terça-feira (02). O relatório, lançado anualmente pela empresa, mostra em que pé está seu compromisso em reduzir pela metade sua emissão de gases poluentes até 2030, em comparação com uma base de 2019.

Apenas em 2023, o Google produziu 14,3 milhões de toneladas de poluição por dióxido de carbono – um aumento de 13% em relação a 2022. Isso equivale aproximadamente à quantidade de CO2 que 38 usinas termelétricas a gás poderiam liberar anualmente.

Data centers que alimentam IA do Google devoram muita energia

Data centers foram a maior fonte de emissões adicionais de gases poluentes por parte do Google em 2023 (Imagem: Pedro Spadoni via DALL-E/Olhar Digital)

O consumo de energia, principalmente dos data centers, acrescentou quase um milhão de toneladas de poluição à pegada de carbono do Google em 2023. E representa a maior fonte das emissões adicionais do Google no último ano.

“À medida que integramos ainda mais a IA em nossos produtos, reduzir as emissões pode ser um desafio devido ao aumento das demandas energéticas decorrentes da maior intensidade de cálculo de IA e às emissões associadas ao esperado aumento em nosso investimento em infraestrutura técnica”, diz o relatório.

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Na era Gemini, Google produziu 14,3 milhões de toneladas de poluição por dióxido de carbono (Imagem: rafares/Shutterstock)

O consumo de energia dos data centers do Google sozinho cresceu 17% em 2023, tendência que a big tech espera continuar no futuro, segundo o relatório. Além disso, o Google estima que seus data centers representaram até 10% do consumo global de energia por data centers em 2023.

Para tentar minimizar seu impacto ambiental, o Google afirma trabalhar para tornar seus modelos de IA, hardware e data centers mais eficientes em termos energéticos. A big tech também tem como objetivo operar com energia livre de poluição por carbono 24 horas por dia em cada rede elétrica à qual está conectada até 2030. O relatório ambiental de 2024 mostra que a companhia ainda tem um longo caminho pela frente para esse objetivo sair do papel.

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Fonte: https://olhardigital.com.br/2024/07/03/ciencia-e-espaco/google-polui-50-por-cento-mais-na-era-gemini-diz-relatorio/