
Em meio ao aumento das tensões globais, a Apple planeja dominar todo o processo de desenvolvimento dos chips. Atualmente, a gigante da tecnologia projeta os produtos, mas a fabricação é feita por outras empresas, como a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC).
O objetivo agora é explorar a inteligência artificial para ajudar a acelerar o design dos produtos, usados nos dispositivos vendidos pela companhia. A ideia foi defendida por Johny Srouji, vice-presidente sênior de tecnologias de hardware da empresa, durante um discurso realizado recentemente na Bélgica.
Apple busca reduzir dependência de outras empresas
De acordo com a Reuters, Srouji afirmou que a Apple aprendeu algumas lições importantes nos últimos anos. Ele descreveu o desenvolvimento de chips personalizados da empresa, desde o primeiro modelo, o A4, em 2010, até os produtos mais recentes que alimentam computadores desktop Mac e os óculos de realidade virtual Vision Pro.
O representante da big tech ainda disse a companhia se deu conta de que precisava usar as ferramentas mais avançadas disponíveis para projetar os produtos, incluindo o mais recente software de design de chips de empresas de automação de design eletrônico (EDA).

As empresas de EDA são super críticas no suporte às complexidades de design de nossos chips. As técnicas de IA generativa têm um alto potencial para obter mais trabalho de design em menos tempo e podem ser um grande aumento de produtividade.
Johny Srouji, vice-presidente sênior de tecnologias de hardware da Apple
Ele ainda lembrou de quando a Apple fez a transição dos chips da Intel para seus próprios produtos, em 2020, mas não fez planos de contingência caso a mudança não funcionasse. A ideia agora é evitar qualquer tipo de contratempo.
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Disputa pela hegemonia tecnológica mundial
- Além de fomentar a produção nacional de chips e o desenvolvimento da inteligência artificial, o governo dos Estados Unidos tenta impedir o acesso da China aos produtos.
- O movimento tem sido chamado de “guerra dos chips“.
- Pequim foi impedida não apenas de importar os chips mais avançados, mas também de adquirir os insumos para desenvolver seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados, e até mesmo dos componentes, tecnologia e software de origem americana que poderiam ser usados para produzir equipamentos de fabricação de semicondutores para, eventualmente, construir suas próprias fábricas para fabricar seus próprios chips.
- Além disso, cidadãos norte-americanos não podem mais se envolver em qualquer atividade que apoie a produção de semicondutores avançados na China, seja mantendo ou reparando equipamentos em uma fábrica chinesa, oferecendo consultoria ou mesmo autorizando entregas a um fabricante chinês de semicondutores.
- Por fim, a Casa Branca anunciou recentemente novas regras com o objetivo de impedir que Pequim tenha acesso aos produtos por meio de países terceiros.
O post Guerra dos chips: Apple quer dominar toda a cadeia produtiva apareceu primeiro em Olhar Digital.
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