
O governo dos Estados Unidos tem sido claro em relação ao uso de chips semicondutores pela China. As exportações de determinados produtos são proibidas e qualquer empresa que “furar” este bloqueio pode ser alvo de investigação e de punições severas.
Uma das grandes preocupações da Casa Branca é com a possibilidade de Pequim usar as tecnologias para fins militares. Neste sentido, a atuação da Nvidia no mercado chinês acaba gerando uma série de temores.
Nvidia tenta manter operações nos dois países
Para acalmar os ânimos, o CEO da Nvidia garantiu que a fabricante de chips não irá fazer nenhum tipo de parceria com os militares chineses. As declarações de Jensen Huang acontecem dias antes de uma viagem do executivo para China. Recentemente, o empresário se reuniu com o presidente Donald Trump e foi advertido a não se encontrar com representantes de empresas ligadas aos órgãos militares ou de inteligência de Pequim.
A Nvidia tem uma importante participação no mercado chinês e tenta se equilibrar entre as duas principais potências globais. Huang já criticou as sanções norte-americanas e afirmou que a proibição das vendas é prejudicial para os interesses dos Estados Unidos, uma vez que incentiva a indústria doméstica de outros países, em especial da própria China.

As últimas restrições impostas por Washington foram implementadas em abril e devem resultar em bilhões em perdas para a Nvidia. Em maio, o CEO da gigante da tecnologia disse que as proibições já haviam reduzido a participação de mercado da empresa na China quase pela metade. Agora, a companhia busca desenvolver um novo chips que atenda as determinações da Casa Branca para exportações. As informações são da CNBC.
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Disputa pela hegemonia tecnológica mundial
- Além de fomentar a produção nacional de chips e o desenvolvimento da inteligência artificial, o governo dos Estados Unidos tenta impedir o acesso da China aos produtos.
- O movimento tem sido chamado de “guerra dos chips“.
- Pequim foi impedida não apenas de importar os chips mais avançados, mas também de adquirir os insumos para desenvolver seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados, e até mesmo dos componentes, tecnologia e software de origem americana que poderiam ser usados para produzir equipamentos de fabricação de semicondutores para, eventualmente, construir suas próprias fábricas para fabricar seus próprios chips.
- Além disso, cidadãos norte-americanos não podem mais se envolver em qualquer atividade que apoie a produção de semicondutores avançados na China, seja mantendo ou reparando equipamentos em uma fábrica chinesa, oferecendo consultoria ou mesmo autorizando entregas a um fabricante chinês de semicondutores.
- Por fim, a Casa Branca anunciou recentemente novas regras com o objetivo de impedir que Pequim tenha acesso aos produtos por meio de países terceiros.
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