
A Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) é a maior fabricante de chips do mundo. Atualmente, a maior parte de sua produção está em território taiwanês, mas a empresa pretende aumentar as operações nos Estados Unidos.
CEO da gigante do setor, C. C. Wei afirmou nesta quinta-feira (17), durante teleconferência da companhia, que está vendo um “forte interesse” de seus principais clientes nos EUA. Por conta disso, está trabalhando para acelerar o cronograma de produção dentro do território norte-americano.
TSMC está de olho nos impactos das tarifas de Trump
A empresa já se comprometeu a investir um total de US$ 165 bilhões (quase R$ 920 bilhões) na fabricação de semicondutores avançados nos Estados Unidos. Isso inclui a construção de nove novas instalações no país, segundo informações da CNBC.
A TSMC continuará a desempenhar um papel crítico e integral para permitir o sucesso de nossos clientes, ao mesmo tempo em que mantém um parceiro e uma rede importantes da indústria de semicondutores dos EUA.
C. C. Wei, CEO da TSMC

Aumentar a produção de chips nos Estados Unidos também é uma forma da empresa fugir das tarifas comerciais impostas pelo presidente Donald Trump. O republicano já ameaçou taxar em 32% as exportações de Taiwan, o que impactaria as operações da TSMC.
Olhando para o segundo semestre de 2025, não vimos nenhuma mudança no comportamento de nossos clientes até agora. No entanto, entendemos as incertezas e o risco do impacto potencial das políticas tarifárias, especialmente no segmento de mercado final relacionado ao consumidor e sensível ao preço.
C. C. Wei, CEO da TSMC
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Disputa pela hegemonia tecnológica mundial
- Além de fomentar a produção nacional de chips e o desenvolvimento da inteligência artificial, o governo dos Estados Unidos tenta impedir o acesso da China aos produtos.
- O movimento tem sido chamado de “guerra dos chips“.
- Pequim foi impedida não apenas de importar os chips mais avançados, mas também de adquirir os insumos para desenvolver seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados, e até mesmo dos componentes, tecnologia e software de origem americana que poderiam ser usados para produzir equipamentos de fabricação de semicondutores para, eventualmente, construir suas próprias fábricas para fabricar seus próprios chips.
- Além disso, cidadãos norte-americanos não podem mais se envolver em qualquer atividade que apoie a produção de semicondutores avançados na China, seja mantendo ou reparando equipamentos em uma fábrica chinesa, oferecendo consultoria ou mesmo autorizando entregas a um fabricante chinês de semicondutores.
- Por fim, a Casa Branca anunciou recentemente novas regras com o objetivo de impedir que Pequim tenha acesso aos produtos por meio de países terceiros.
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