Olhando para o incrível avanço da inteligência artificial (IA) entre 2023 e 2024, é de se esperar que essa tecnologia continue a se desenvolver muito rapidamente em 2025, principalmente em campos específicos. A IA Conversacional com certeza é um deles.
Essa categoria de IA abrange ferramentas como chatbots ou assistentes virtuais, que simulam interações humanas com usuários por meio de textos ou áudios. Com essas soluções, diferentes negócios podem usar os recursos para, por exemplo, otimizar o atendimento ao cliente e automatizar processos de comunicação digital.
E não só podem como muitos já o fizeram. O “Panorama da Mensageria no Brasil”, conduzido pelo Mobile Time e Opinion Box, revelou que 89% dos usuários brasileiros do WhatsApp já foram atendidos por robôs. Além disso, segundo o anuário “CX Trends 2024”, da Octadesk, apenas 9% das pessoas conectadas no país nunca interagiram com um chatbot.
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Interações mais humanizadas Assistentes como Siri, Alexa e Google Assistant já são capazes de realizar tarefas simples como definir lembretes, tocar músicas e fornecer informações. No entanto, o futuro da IA Conversacional vai muito além dessas funções: o foco está em torná-la mais intuitiva, inteligente e empática.
Empresas como a Microsoft e outras estão seguindo o caminho de implementar IAs de maneira nativa aos seus sistemas operacionais, para que a interação entre homem e máquina se torne cada vez mais natural, algo parecido com o que a ficção nos trouxe em 2014 com o filme “Ela”, de Scarlett Johansson.
Com históricos de interações e aprendizado baseado no comportamento do usuário, essas ferramentas poderão reconhecer nuances emocionais, permitindo trocas mais personalizadas e eficazes.
Imagine uma IA que, durante uma conversa por áudio, detecte emoções pelo tom de voz ou escolha de palavras. Se perceber tensão, poderia adaptar a resposta para ser mais compreensiva e até sugerir soluções para aliviar a situação. Caso detecte bom humor, as respostas podem refletir esse estado emocional, tornando a interação mais natural e agradável.
Além disso, por conhecer as ferramentas, qualquer pessoa poderá mudar configurações avançadas do sistema ou aplicação apenas com interação por voz, como se estivesse fazendo uma pergunta ou um pedido a um especialista técnico.
Nova perspectiva de adaptabilidade Para que a IA Conversacional realmente alcance esse nível de humanização e conhecimento, empresas estão investindo no Processamento de Linguagem Natural (PLN). Isso é essencial, pois aspectos culturais, como gírias, expressões regionais e ambiguidades, são fundamentais para construir interações mais realistas e relevantes.
O potencial dessa tecnologia não se limita à linguagem: ela será capaz de oferecer experiências multicanal, garantindo continuidade entre dispositivos e plataformas. Um usuário poderá, por exemplo, iniciar uma conversa com um chatbot no celular e continuar no computador sem interrupções ou perda de contexto.
Ética acima de tudo Por estarmos falando de potenciais altamente conectados com a natureza de pessoas reais, jamais podemos deixar de fazer o adendo que o avanço da IA Conversacional – assim como o de qualquer outra tecnologia – precisa acontecer de forma ética. A coleta de dados sensíveis, como emoções e comportamentos, exige que empresas compreendam a importância do tema que estão lidando, recorrendo a diretrizes de uso responsáveis e claros.
Assim, a tão aguardada integração entre humanos e máquinas acontecerá de uma maneira mais tranquila e enriquecedora do que muitos imaginam. E quando digo tranquila, não significa que não será repleta de inovação e experiências de valor.
O post IA Conversacional: o que esperar dos chatbots e assistentes virtuais em 2025? apareceu primeiro em Olhar Digital.
Fonte: https://olhardigital.com.br/2024/12/13/colunistas/ia-conversacional-o-que-esperar-dos-chatbots-e-assistentes-virtuais-em-2025/
