Se voltarmos pouco tempo no passado, vamos lembrar que a Inteligência Artificial (IA) não era tão abrangente como é nos dias de hoje. A tecnologia se concentrava mais em tarefas específicas, como o reconhecimento de imagens, a tradução de idiomas ou a previsão com base em dados passados, e ainda não demonstrava completamente como iria transformar praticamente todo o mundo.
No entanto, a IA Generativa vem provando cada vez mais que veio para ficar. As ferramentas tecnológicas dessa categoria marcaram e continuam marcando a transformação digital com uma capacidade de inovação nunca vista até então.
Por isso, não é de se estranhar que o Grand View Research aponte que esse mercado não apenas foi avaliado globalmente em cerca de US$ 43,8 bilhões em 2023, como deve atingir US$ 967,6 bilhões até 2032. Isso significa que a sua Taxa de Crescimento Anual Composta (CAGR) será de quase 40%.
Por que a IA Generativa é tão inovadora?
A IA Generativa vai muito além da simples análise de grandes quantidades de dados, podendo criar uma imensidão de novos conteúdos. Textos, imagens, música, código, vídeos, é só escolher. Basta que o usuário forneça as informações certas e com clareza no prompt.
Olhando para essa capacidade, e considerando que vivemos em um mundo cada vez mais digitalizado, o céu se torna o limite. Gerar conteúdo personalizado e automatizar tarefas complexas é uma forma muito promissora e eficaz de democratizar o processo produtivo e criativo.
E para o mercado, o que isso significa? Bem, podemos resumir em apenas duas expressões: eficiência operacional e vantagem competitiva.
Um estudo global da Salesforce, por exemplo, revela que 8 em cada 10 brasileiros (81%) relatam que a sua produtividade cresceu com o uso da tecnologia. Por conta de números como esse, outra pesquisa, divulgada pela Accenture, mostra que 76% das lideranças enxergam as ferramentas desta categoria como um fator que beneficia o aumento da receita.
E essas perspectivas não se enquadram em uma ou outra área específica. Da criação de cursos online personalizados para cada aluno até a produção de medicamentos mais eficazes, segmentos como Negócios, Educação, Saúde, Arte, Entretenimento e muitos outros têm a chance de se renovarem totalmente ao incorporar a IA Generativa.
Outro levantamento, desta vez da Bain & Company, demonstra um pouco dessa possibilidade. O estudo relata que 85% das organizações, de diversos setores e países, colocam a IA como uma das suas 5 maiores prioridades estratégicas.
Pontos de atenção
Assim como toda tecnologia disruptiva, a IA Generativa não é isenta de desafios, principalmente quando o assunto é ética. O uso consciente e responsável dela deve ser um grande foco de atenção dos profissionais, líderes e da sociedade em geral, justamente para garantir que seja uma aliada do progresso.
Isso inclui não deixar em segundo plano, por exemplo, assuntos como o viés algorítmico, a criação de deepfakes, a manipulação da informação e o potencial abuso desse recurso tecnológico no mercado de trabalho. Sem tratar esses tópicos com a seriedade que merecem, não só estaremos falhando como mentes criativas, mas também como seres humanos.
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É claro que tentativas e erros vão acontecer, afinal, a era da IA, e da IA Generativa especificamente, é uma jornada de descobertas. Porém, cabe a nós, como sociedade, construir o seu futuro da maneira mais correta e sustentável possível.
A criatividade e a inovação têm o poder de transformar a humanidade, mas é essencial que elas sejam colocadas em prática tendo como base o bem-estar social. Vamos lembrar disso com essa nova e maravilhosa tecnologia, que definitivamente continuará mudando a nossa forma de pensar e enxergar o mundo.
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