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A Lionsgate, famosa por produções como Jogos Vorazes e John Wick, está se unindo à empresa de inteligência artificial Runway para treinar um novo modelo de IA com seu vasto acervo de filmes e programas de TV. Essa tecnologia resultante poderá ser aplicada em futuras produções, informa a BBC.

Michael Burns, vice-presidente da Lionsgate, afirmou que a colaboração permitirá desenvolver conteúdos inovadores de forma eficiente. No entanto, os detalhes sobre a aplicação da IA ainda são escassos.

Essa parceria gerou reações negativas, especialmente considerando que a greve de atores de Hollywood em 2023 foi motivada, em parte, pela preocupação com o uso da IA na indústria.

Parceria entre Lionsgate em empresa de IA gera reações negativas

A escritora e produtora Helen Delzany expressou preocupação, afirmando que a colaboração pode intensificar a perda de empregos nas indústrias criativas e tornar filmes e entretenimento obsoletos.
O ator Alexander Chard também comentou, alegando que o trabalho artístico está sendo utilizado apenas para alimentar um sistema que pode eventualmente dispensar os criadores.
Alguns usuários nas redes sociais consideraram a parceria “vil” e “nojenta”, enquanto outros, como o produtor PJ Acetturo, a veem como uma oportunidade promissora para integrar a IA na produção cinematográfica.

Classe de profissionais da indústria cinematográfica ainda não aceita o uso da IA em seu ramo (Imagem: Vitória Gomez via DALL-E/Olhar Digital)

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A Runway, por sua vez, tentou aliviar as apreensões sobre a substituição de empregos, com o cofundador Cristóbal Valenzuela afirmando que a IA serve para ajudar artistas a superar desafios criativos, não para eliminar postos de trabalho.

Entretanto, Karla Ortiz, uma artista da indústria, lembrou que a Runway está enfrentando um processo por violação de direitos autorais, relacionado ao uso ilegal de imagens em sistemas de geração de IA. Recentemente, um cinema em Londres teve que cancelar um filme escrito por IA após uma reação negativa do público.