Dando início à “turnê mensal” de fevereiro pelos planetas do Sistema Solar, a Lua passa por Saturno logo nos primeiros minutos de sábado (1º), seguindo rumo a Vênus, com quem se encontra no fim da tarde – em um fenômeno conhecido como conjunção astronômica. Ela termina o dia atingindo o perigeu (o ponto de sua órbita mais próximo da Terra).
De acordo com o site In-The-Sky.org, a Lua e o planeta dos anéis se cruzam à 1h52 (todos os horários mencionados têm como referência o fuso de Brasília). Ainda segundo a plataforma, por muito pouco a conjunção não poderia ser observada.
Isso porque a dupla estará abaixo da linha do horizonte apenas dois minutos após compartilhar a mesma ascensão reta (coordenada astronômica equivalente à longitude terrestre). Para observadores em São Paulo, o par estará no céu das 19h21 à 1h54 – não tão próximo para caber dentro do campo de visão de um telescópio, mas visível a olho nu ou com um par de binóculos.
A Lua estará em magnitude de -10.2, e a de Saturno será de 1.0, com ambos na constelação de Aquário. Quanto mais brilhante um corpo parece, menor é o valor de sua magnitude (relação inversa). O Sol, por exemplo, que é o objeto mais brilhante do céu, tem magnitude aparente de -27.
Às 17h27, acontece a conjunção entre a Lua e Vênus – mas a luz solar ofusca a visibilidade do momento. De São Paulo, o par se tornará visível por volta das 19h, afundando em direção ao horizonte às 21h02, ainda bem próximos no céu. A Lua estará em magnitude de -10.7, e a de Vênus será de -4.6, com ambos na constelação de Peixes.
Eles não estarão próximos o bastante para caber dentro do campo de visão de um telescópio, sendo visíveis a olho nu ou com um par de binóculos.
Em fevereiro, as próximas paradas da Lua serão em Júpiter (7) e Marte (9). Essa série de conjunções ocorre porque a Lua orbita a Terra aproximadamente no mesmo plano em que os planetas orbitam o Sol, chamado plano da eclíptica.
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Lua atinge o perigeu
Ainda no sábado, mais tarde, às 23h46 (pelo horário de Brasília), a Lua chega ao perigeu, que é o ponto de sua órbita mais próximo da Terra. Na ocasião, ela estará posicionada na constelação de Peixes.
Segundo a plataforma In-The-Sky.org, a distância da Lua em relação à Terra varia porque sua órbita não é perfeitamente circular – é ligeiramente oval, traçando um caminho chamado uma elipse. À medida que ela atravessa esse caminho elíptico ao redor do nosso planeta a cada mês, sua distância varia entre 356.500 km no perigeu e 406.700 km no apogeu (ponto mais distante).
O tamanho angular do astro também varia pelo mesmo fator, entre 29,4 e 33.5 minutos de arco. Ao atingir o perigeu, nosso satélite natural chega a ficar até 14% mais brilhante no céu, quando visível. Isso, no entanto, é difícil de detectar na prática, já que as fases da Lua estão mudando ao mesmo tempo.
Desta vez, por exemplo, ela terá acabado de iniciar um ciclo lunar que teve início na quarta-feira (29), com a lua nova.
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