A concorrência no setor de inteligência artificial acaba de ficar ainda mais acirrada: a gigante chinesa Alibaba anunciou nesta quarta-feira (26) que tornou seus modelos de geração de imagens e vídeos gratuitos. A empresa está liberando o código-fonte de quatro modelos que fazem parte da série Wan 2.1.
A abertura se soma a anúncios recentes de tecnologias da OpenAI, DeepSeek e Anthropic, e deixa a corrida de IA ainda mais competitiva. Agora, com um detalhe: as chinesas estão na cola das americanas.
Alibaba está liberando IA de vídeos
O Wan 2.1 é a versão mais recente do modelo fundamental de IA do Alibaba, capaz de gerar imagens e vídeos a partir de prompts de texto e imagens. A empresa disponibilizou o código-fonte de quatro modelos dessa série através do serviço de nuvem Alibaba Cloud’s Model Scope e do repositório de IA Hugging Face.
Na prática, acadêmicos, pesquisadores e instituições comerciais ao redor do mundo podem acessar o código e replicá-lo em suas próprias tecnologias.
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Competição de IA ganha novos concorrentes
O código aberto já está presente no setor de IA há algum tempo, como no Llama (da Meta), mas ganhou uma nova popularidade recentemente. A chinesa DeepSeek, por exemplo, revelou que pretende abrir seus códigos ainda essa semana. Essa ação não é lucrativa para as empresas, mas, ao permitir que outras pessoas usem seus códigos, aumenta a adoção de um produto e a popularidade de uma companhia – algo importante na corrida de IA.
O anúncio do Alibaba vem pouco depois da DeepSeek, OpenAI e Anthropic revelarem novidades – e coloca as chinesas de volta em uma competição até então dominada pelas americanas.
Segundo o site CNBC, depois da abertura do código-fonte, as ações do Alibaba fecharam 5% mais altas em Hong Kong. Só este ano, a avaliação da empresa subiu 66%. Além das novidades de IA, o desempenho financeiro positivo e o apoio do presidente chinês Xi Jinping ao setor privado colaboraram no resultado.
Alibaba anunciou investimento bilionário
- Ainda nesta semana, a gigante chinesa anunciou que planeja investir pelo menos US$ 52 bilhões (quase R$ 300 bilhões) no setor de inteligência artificial;
- A ideia é desenvolver sua infraestrutura de computação em nuvem e IA nos próximos três anos;
- Segundo a companhia, o mais novo investimento vai superar o total gasto pela empresa nestas tecnologias na última década, como parte da estratégia de “reforçar o compromisso com a inovação tecnológica a longo prazo”.
O Olhar Digital deu detalhes aqui.
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