
A Meta vai deixar candidatos a vagas de programação usarem assistente de inteligência artificial (IA) durante o processo seletivo. É o que dizem comunicações internas da empresa obtidas pelo site 404 Media.
“Estamos obviamente focados em usar IA para ajudar engenheiros [de software] em seu trabalho diário, então não é surpresa que estejamos testando como oferecer essas ferramentas também aos candidatos durante as entrevistas”, disse um porta-voz da Meta ao site.
Esse é o indício mais recente de que gigantes do Vale do Silício incentivam engenheiros de software a utilizarem IA em seu trabalho. Também sinaliza uma mudança mais ampla rumo à contratação de profissionais adeptos do “vibe-coding” – programar usando IA.
Meta está desenvolvendo novo tipo de entrevista no qual candidatos têm acesso a assistente de IA
Uma publicação feita num quadro interno de mensagens da Meta tinha o seguinte título: “Entrevistas com IA — Chamada para Candidatos Simulados” (em tradução livre).
“A Meta está desenvolvendo um novo tipo de entrevista técnica em que os candidatos têm acesso a um assistente de IA”, dizia a postagem. “Isso é mais representativo do ambiente de desenvolvimento em que nossos futuros funcionários atuarão, e também torna menos eficaz a trapaça com base em LLMs.”
“Se você quiser participar de uma entrevista simulada com IA, inscreva-se nesta planilha”, continua a postagem. “As perguntas ainda estão em desenvolvimento; os dados fornecidos por você ajudarão a moldar o futuro das entrevistas na Meta.”
Loucura ou novo normal?
Por um lado, muitas empresas têm incentivado seus engenheiros de software a usarem IA no dia a dia. Por outro, permitir que candidatos a vagas usem IA durante processos seletivos não é uma abordagem comum.

O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, já disse em reuniões e entrevistas pública que vislumbra um futuro no qual humanos vão gerenciar “agentes de programação com IA”. Esses agentes que vão programar para a big tech, na visão de Zuckerberg.
O tema tem sido alvo de polêmica no Vale do Silício. Em suma, programadores experientes temem que a nova geração esteja mais para “prompters” e “vibecoders” do que engenheiros “de verdade”.
O principal receio (e crítica, se for ver) sobre adeptos ferrenhos da IA é que eles não saibam corrigir códigos gerados por IA quando surgirem problemas.
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Google testa aplicativo de programação com IA para quem não sabe programar
Enquanto a Meta deixa candidatos usarem IA em seus processos seletivos, o Google testa uma plataforma de IA voltada para “vibe-coding” chamada Opal. O aplicativo está disponível para usuários por meio do Google Labs nos Estados Unidos.

O Opal permite criar miniaplicativos para a web por meio de comandos de texto (prompts). Também dá para remixar apps já existentes disponíveis numa galeria.
Na prática, tudo o que o usuário precisa fazer no Opal é inserir uma descrição do aplicativo que deseja criar. Depois, a ferramenta usa diferentes modelos de IA do Google para desenvolvê-lo.
Quando o miniaplicativo está pronto, dá para navegar por um painel de edição para visualizar o workflow com as etapas de entrada, saída e geração.
Saiba mais nesta matéria do Olhar Digital.
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Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/07/30/pro/meta-vai-deixar-candidatos-usarem-ia-em-processos-seletivos-de-programacao/