
A Meta deixou mensagem direta para a União Europeia (UE): punam nossos negócios novamente e recorreremos ao presidente Donald Trump.
A fala foi dita pelo novo chefe global de políticas da Meta, Joel Kaplan, durante a Conferência de Segurança de Munique (Alemanha), no domingo (17), em meio às críticas da administração de Trump, presidente dos EUA, aos aliados europeus sobre a Ucrânia e outras questões.
Kaplan afirmou que não hesitaria em buscar o apoio da Casa Branca se a empresa se sentisse tratada de forma injusta pela UE. “Quando as empresas são tratadas de maneira discriminatória, isso deve ser comunicado ao governo de origem. Por isso, acredito que faremos isso com o presidente Trump. Não vamos hesitar em dizer quando a aplicação dessas leis está sendo excessiva contra nós”, declarou.
A companhia já foi multada em mais de US$ 3 bilhões (R$ 17,1 bilhões, na conversão direta) pela UE por infrações relacionadas à privacidade de dados e práticas antitruste.
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“Virada de chave” na Meta após eleição de Trump
- Inicialmente, parte da elite do Vale do Silício não apoiava abertamente a campanha de 2024 de Trump para retomar a Casa Branca, mas muitos, rapidamente, passaram a apoiá-lo após a vitória nas eleições de novembro;
- Semanas depois, Mark Zuckerberg, CEO e cofundador da Meta, juntou-se ao fundador da Amazon, Jeff Bezos, ao empresário Elon Musk e aos CEOs de Apple e Google, Tim Cook e Sundar Pichai, nas primeiras fileiras da Rotunda do Capitólio para celebrar a posse de Trump;
- A mudança de postura mais notória foi a de Zuckerberg. Desde sua rápida decisão de se alinhar com Trump, as ações da Meta acumularam recorde de 20 dias consecutivos de alta, impulsionando a empresa à frente das chamadas “Sete Magníficas”;
- Os gigantes da tecnologia do Vale do Silício reconheceram, em conjunto, a oposição intrínseca de Trump à Europa – continente que, quando unido, tem potencial para minar sua agenda “America First”;
- Agora, eles veem nisso oportunidade de ouro para contestar as rigorosas regulamentações impostas pela Comissão Europeia em Bruxelas (Bélgica).
“Vamos trabalhar com o presidente Trump para pressionar governos ao redor do mundo que estejam indo atrás das empresas estadunidenses”, explicou Zuckerberg no mês passado. “A Europa tem número cada vez maior de leis que institucionalizam a censura e dificultam a criação de inovações.”
Segundo a Fortune, à frente desse movimento na Meta está Kaplan, ex-assessor da Casa Branca durante o governo de George W. Bush e, agora, principal lobista corporativo da empresa, após a saída de seu antecessor Nick Clegg – figura fortemente associada à proibição, implementada após a invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, em plataformas, como Facebook e Instagram.
Até o momento, a Comissão Europeia não respondeu a um pedido de comentário feito pela Fortune.
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